A “Faca na Caveira” é o símbolo da tropa de Comandos do Brasil, é utilizada para caracterizar a Companhia Independente de Operações Especiais do Tocantins (CIOE), um grupo de elite da Polícia Militar que adota táticas especiais em ocorrências de alta complexidade. Mas você sabia que ao contrário do que muitos pensam o símbolo que traz uma faca cravada em uma caveira não significa a morte pura e simplesmente, mas sim a vitória da vida sobre a morte.
A história relata, que a “Faca na Caveira” se originou nos campos de batalha durante a Segunda Guerra Mundial quando um militar de uma equipe de Operações Especiais que combatiam as tropas alemãs, conhecida como “Comandos”, crava um punhal na caveira que decorava a mesa em um dos abrigos Nazistas e brada: “vitória sobre a morte”. Com esse gesto, queria dizer que os Comandos que representavam a vida, estavam virando o jogo e vencendo a morte. A partir daquele momento, o emblema do punhal cravado no crânio passou a ser símbolo das equipes de operações especiais em todo o mundo.
O tenente-coronel Fioravan Teixeira Silveira, que assumiu o comando do CIOE em Palmas em 2018, conta que sente muito orgulho em carregar um brevê com toda essa carga histórica. “Seguir os princípios de Operações Especiais e fazer parte da irmandade entre os integrantes das forças especiais, não só no Estado como em todo o Brasil, gera em mim muito orgulho de ter um brevê com toda essa simbologia no peito, além de representar as dificuldades superadas durante o curso de formação”;
A trajetória do capitão Yurg Noleto Coelho, na unidade de Operações Especiais do Tocantins começou em 2019. Para ele, compor esse grupo especial é uma conquista que envolve dedicação e compromisso. “A sensação de carregar esses brevês é inexplicável, esses símbolos que representam o mundo de operações especiais significam dor, sofrimento e conquistas mas acima de tudo, representam o compromisso com o mundo de operações especiais”. Disse ainda, “O Gorro preto é a caracterização de um clã de homens que não querem ser comuns, que querem assumir riscos calculados, sonhar e construir, errando e acertando em busca do sucesso e da excelência”.
Outros símbolos, apetrechos ou objetos surgiram, criando caráter de identidade deste seleto grupo de Operações Especiais. O Gorro Preto Comandos, por exemplo, evoca apego às tradições, a reverência à camaradagem, o orgulho de pertencer ao distinto grupo de indivíduos, que após serem testados e aprovados nos limites da obstinação e resistência, passaram a integrar as unidades de elite da força. O gorro preto traz em sua lateral direita, o escudo da CIOE.
A história conta que a utilização do gorro preto nasceu da vontade de um grupo de homens que se formaram como os primeiros Operadores Especiais do Núcleo da Divisão Aero Terrestre do Exército Brasileiro, buscarem algo que lhe estimulasse a mística. Boinas pretas passaram a ser usadas de forma não oficial em uma referência à predominância das operações noturnas realizadas pelo grupo. Em uma tentativa de sensibilizar o comandante do Núcleo, o Coronel Sílvio Américo de Santa Rosa, o audacioso Capitão Paulo Tavares o presenteou com uma miniatura de gorro preto. A partir daí o gorro preto passou a ser ostentado e estava criada a mística.
