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Ao Depor na CPMI Prefeito de Palmas Diz Que Nada Deve e Nada Teme, Mas, Errou ao Procurar Cachoeira

Data do post: 10/07/2012 14:34:45 - Visualizações: (829)

Segundo ele, Cachoeira não fez nenhuma doação para sua campanha nem foi beneficiado por seu governo.

         O prefeito de Palmas (TO), Raul Filho (PT), iniciou sua exposição na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira dizendo que não procurou nenhum integrante da comissão para pedir proteção durante seu depoimento porque nada deve e nada teme. Ele afirmou ter uma “conduta ilibada preservada e mantida em todos os atos da vida pública” e autorizou a quebra dos seus sigilos bancário, fiscal e telefônico.

          Quanto ao vídeo de sua conversa com o contraventor Carlinhos Cachoeira, disse que era preciso deixar claro que a gravação foi feita há oito anos, quando não era prefeito, apenas candidato.

            Disse que Cachoeira não fez nenhuma doação para sua campanha, apesar da expectativa criada na conversa. Afirmou que a prestação de contas da campanha era uma prova disso. Ele disse que o show do cantor Amado Batista, durante um comício de campanha, não foi pago por Cachoeira, conforme sugestão feita pelo contraventor na gravação. Segundo ele, o show foi pago por uma empresa de Araguaína (TO) e que iria provar isso.

          Raul Filho afirmou também que nenhuma empresa de Cachoeira prestou serviço em caráter emergencial ou venceu licitação em seu governo. Quanto à empresa Delta, contratada para fazer a coleta de lixo em Palmas, disse que, naquela época, não se sabia da ligação da empresa com o contraventor.

           Ele afirmou que a Delta só começou a trabalhar mais de um ano depois do início do seu mandato, assim mesmo depois de vencer a licitação. Antes disso, o serviço foi feito em caráter emergencial por outra empresa, a Litucera. Segundo ele, se houvesse compromisso com Cachoeira, uma empresa ligada a ele teria feito esse trabalho em caráter emergencial.

            O prefeito fez uma longa exposição sobre sua gestão em Palmas. Entre outras coisas, afirmou que provocou verdadeira revolução na educação. Segundo ele, as famílias de classe média fazem o caminho inverso, levando os filhos de escolas particulares para escolas públicas.

                Delta

         Raul Filho também negou ter beneficiado a Delta em licitação para limpeza pública em Palmas. A contratação da empresa está sendo questionada na Justiça pelo Ministério Público.

          Segundo ele, houve dispensa de licitação para a Delta para fazer o trabalho porque o Tribunal de Contas do Estado (TCE) não se pronunciou sobre o processo licitatório. “Só nove meses após a suspensão, o tribunal permitiu a continuidade da licitação”, disse.

           Raul Filho disse que não houve aumento de preços para os serviços da Delta, mas da quantidade de trabalho, pois a previsão inicial do contrato estava aquém da necessidade de Palmas.

             O prefeito citou questionamento do Ministério Público Federal sobre uma das certificações técnicas da Delta no processo de licitação. Segundo Raul Filho, um dos diretores da Delta foi responsabilizado pelo problema, mas não a prefeitura. Disse também que a Prefeitura de Palmas não cancelou o contrato, em razão desse problema, porque a empresa obedeceu a todas as exigências legais.

                   Vídeo

              Raul Filho foi convocado para explicar denúncia exibida pelo programa Fantástico, da Rede Globo. A emissora exibiu um vídeo gravado pelo contraventor Carlos Cachoeira em 2004, durante a campanha que elegeu Raul pela primeira vez.

               O vídeo mostra Cachoeira e Raul entrando em uma sala com assessores para uma reunião. Eles conversam por quase uma hora. O então candidato pede contribuição para sua campanha e, em contrapartida, diz que há em Palmas "uma série de oportunidades a serem exploradas, no campo imobiliário, transporte e a concessão de água".

Agência Câmara