Corpo de Bombeiros aponta imprudência de banhistas como principal fator para as ocorrências registradas no estado.
A temporada de praias está apenas no início, mas, muitas já são as ocorrências nos balneários do Estado, principalmente, em relação a afogamentos. Conforme dados do Corpo de Bombeiros, somente neste mês foram seis mortes por afogamentos, em todo o ano foram registradas 28. Os dados são considerados assustadores pelo Corpo de Bombeiros. Uma das justificativas para tantos afogamentos no Tocantins é a imprudência dos banhistas.
O último caso de morte em praia ocorreu no final de semana passado, em Palmas, quando um jovem de 19 anos pulou de uma lancha na água, sem colete salva-vidas.
De acordo com o coordenador da Operação Veraneio do Corpo de Bombeiros, tenente Antônio Luiz Soares da Silva, o fato da pessoa ingerir bebida alcoólica e depois ir para água é um risco. "Quando a pessoa ingere bebida alcoólica, ela perde um pouco o equilíbrio, parece que sente a necessidade de se exibir e isso pode ser um risco na água", frisou.
A corporação no Tocantins é responsável por 26 praias em 15 municípios do Estado.
Segundo ele, o salva-vidas sempre avisa ao banhista que vai para a área de risco, para ele voltar à área de proteção, no entanto, a orientação nem sempre é seguida. "A pessoa ingere bebida alcoólica, não sabe nadar e quando o guarda-vidas solicita que ela saia, ela sai rapidamente, mas depois volta e, às vezes, até entra em discussão com o salva-vidas e acaba ocorrendo esses incidentes", completou. "Se bebeu álcool não se deve entrar na água", orientou o tenente.
Orientação
Outra indicação é evitar banhar em locais não conhecidos, dar preferência aos lugares com presença dos guarda-vidas e quando a família sair para praia deixar um adulto exclusivamente responsável para observar as crianças e idosos, além da utilização de itens de segurança, como o colete salva-vidas. "Tem que tomar cuidado com bóia, porque bóia ela não faz a segurança da pessoa que não sabe nadar. O que faz a segurança da pessoa que não sabe nadar é o colete salva-vidas. Ele garante que a pessoa fique flutuando com a cabeça fora d´água", explicou o bombeiro.
O coordenador enfatizou que a segurança nas praias não depende somente dos órgãos de segurança, mas também da conscientização dos banhistas. "A gente depende da consciência das pessoas, porque uma praia com 3.500 banhistas, se metade sai descontroladamente e se coloca em risco, dificilmente o guarda-vidas vai conseguir salvar todas essas pessoas", comentou.
Dicas de Segurança
Em caso de afogamento procure imediatamente um guarda-vidas, uma pessoa inabilitada para socorro geralmente se torna uma segunda vitima;
Luana Fernanda /JT com Informações do Corpo de Bombeiros
