A unidade federativa do Tocantins é a mais nova entre as 27 brasileiras: completa 24 anos em 1° de janeiro de 2013.
Como a legislação exige 18 anos completos na posse de vereadores e 21 na de prefeitos, a matemática permitiria que houvesse candidatos tocantinenses a ambos os cargos. Mas o percentual dessas pessoas ainda é pequeno - neste ano, representa apenas 1,16%.
Na base de dados do TSE, os candidatos nascidos antes de 1989 - quando o Tocantins foi oficialmente criado - em cidades que hoje fazem parte do Estado, são considerados tocantinenses. Assim, seria possível considerar que há muitas eleições há candidatos do Estado. Mas se o gentílico for usado apenas para cidadãos que nasceram após a emancipação da região norte de Goiás, as estatísticas só começam em 2008.
Na capital, no pleito deste ano, os dois únicos tocantinenses que disputam são do PSDC: Maikon Ferreira e Mozaroniellio de Lima Silva, que, se eleitos, assumem com 23 e 21 anos, respectivamente, na câmara municipal. O partido dos pleiteantes a vereador é o mesmo do candidato a prefeito Adail Carvalho, o único em Palmas que disputa o executivo e nasceu no Estado, embora antes da sua separação de Goiás. Como candidato a vice, aparece Luzimar de Souza (Psol).
Em 2006, os cargos em disputa exigiam idade mínima de 21 anos, e qualquer pessoa nascida depois da criação do Tocantins ainda teria 18. Dois anos mais tarde, nas eleições municipais, já era possível observar que dos 6521 candidatos, 10 tinham nascido no Estado entre 1989 e 1990. O que parecia ser um princípio de participação, por outro lado, não se confirmou em 2010, quando ninguém nascido depois de 1988 se candidatou a cargo algum - e, dessa vez, os candidatos já teriam atingido o mínimo de 21 anos para se tornar deputados estaduais, por exemplo.
Em 2012, na quarta eleição após a maioridade de um tocantinense "de nascimento", a estatística volta a aparecer. Em todo o Estado, dos 7.385 candidatos, são 86 os nascidos após a criação da unidade federativa que disputam cargos municipais. O número representa um percentual pequeno do total, mas, quando contraposto ao total da faixa etária (de 24 anos incompletos a 18 anos), o valor representa 79,6%. Dois tocantinenses pleiteiam cargos de vice-prefeito (Antônio Filho, do PR, em Chapada da Natividade, e Sara Garcia, do PDT, em Aliança do Tocantins), e 84 de vereador.
Interior
No conjunto das quatro cidades mais populosas - à exceção de Palmas -, o número de tocantinenses "de nascimento" não é muito maior que na capital: são cinco pleiteantes, todos para o legislativo - dois do PRTB, um do PV, um do PSDB e um do PTN. A cidade em que disputa o maior número de candidatos nascidos no Tocantins após 1989 é Colméia, a 217 km da capital. São cinco concorrentes - dois do PSD, dois do PSDB e um do PMDB - na briga por uma das nove cadeiras do legislativo no município de 8,6 mil habitantes.
Ampliando-se a lista para as dez cidades com maior número de moradores, depois da capital, verifica-se que em alguns municípios nem há candidatos nascidos no Tocantins após 1989. É o caso de Araguatins, com 31,3 mil habitantes, Tocantinópolis, com 22,6 mil pessoas, e Dianópolis, com 19,1 mil habitantes.
Em compensação, em São Félix do Tocantins, uma das menores cidades do Estado, com 1,4 mil moradores, três dos 36 candidatos a vereador nasceram na unidade federativa de 1989 em diante: Giovana Rocha (PSDB), Maria de Lourdes Neta (PR) e Ronilton Pereira (PTB). Mais precisamente, os três nasceram em 1993, ano em apenas três outros candidatos vieram ao mundo.
Os nascidos em 1994 - e que completaram 18 anos em 2012 - somam sete candidatos, cada um de um partido diferente (PP, PSD, PMDB, PR, PSB, PDT e PTN). Que assumiriam a vaga aos 20 anos há 16 pleiteantes, enquanto 17 teriam já 21 anos. As idades mais numerosas, no entanto, são as mais "velhas": 19 candidatos nasceram em 1990, e 21 nasceram em 1989.
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