Como já era de se esperar, a união de dois leões famintos sempre termina em um tentando matar o outro, e em Tocantinópolis está acontecendo exatamente igual. Dois Queiroz, neste caso os “Leões” da história, estão brigando para vigiar o açougue a “Prefeitura”.
Tudo começou quando o todo poderoso PMDB, que antigamente era MDB e alguns contam que no passado seus filiados eram como leões que não perdiam uma disputa, resolveram fazer uma coligação com o PSB, novo partido do ex-prefeito Antenor Queiroz.
Antenor estava tranqüilo em sua idéia, até que, para atrapalhar os planos do famigerado ex-gestor tinha um outro leão (Mardônio), novo na idade, mas, com bastante experiência na politica, que também lutava para ser o candidato majoritário do seu partido (PMDB).
Acuado e acreditando na lenda que contam os mais velhos da cidade de que o PMDB quer queiram ou não, tem a vantagem de 3 mil votos sobre qualquer oponente, Antenor correu de um lado para o outro tentando arrebatar alguns companheiros lhes prometendo um oasis de farturas caso vencesse o embate.
Uns acreditaram, como é o caso do presidente do PMDB e candidato a vereador Antonio Cunha. Outros mais espertos, não caíram na tentação do “Rei Leão” e pularam fora, sendo estes os representantes do PDT e PT, que já previam a tática do “Rei” e formaram sua própria coligação tendo como candidato majoritário, o crescente Professor Cleber.
Como o cerco estava se fechando Antenor astutamente bolou um plano para conseguir passar como candidato majoritário pela convenção dos três partidos restantes que aconteceu no dia 24 de junho passado. Com esses partidos PP, PSB e PMDB o “Rei” propôs um “Termo de Compromisso”, onde ele (Antenor), se comprometia a abandonar a disputa pela prefeitura caso não conseguisse resolver os problemas na justiça que o impedem de participar da disputa eleitoral. (Clique Aqui Para Ver o Termo de Compromisso)
Pois bem, o prazo do “Termo” findou-se no ultimo dia 04 de Julho e como era esperado, o “Rei Leão” neste ato representado por Antenor Queiroz simplesmente ignorou o documento assinado e registrado em cartório, e mesmo arriscando ganhar nos votos e perder na justiça, tocou o barco pra frente com sua candidatura suicida. Lógico que Mardônio o “Leão” mais novo correu atrás do prejuízo em busca de explicações, só que não recebeu atenção e/ou explicação de Antenor, e com isso começaram as mágoas uns com os outros dentro da própria coligação, de um lado a torcida organizada de Mardônio e do outro a de Antenor, esses chamaremos carinhosamente de “hienas”, (aqueles animais que esperam os predadores matarem a presa para depois tomá-las para si).
Como o “seguro morreu de velho”, a coligação do atual prefeito Fabion Gomes não deixaria passar em branco a chance de desbancar a candidatura de Antenor logo de inicio, no chamado tapetão, e deram entrada com um pedido de impugnação da candidatura dele no Ministério Público.
O ex-prefeito que não é nada leigo e já sabia que isso aconteceria, aproveitou o ensejo e colocou a culpa em seu novo desafeto, Mardônio Queiroz, para assim, se livrar da cobrança que estava recebendo por causa do tal “Termo de Compromisso” assinado e registrado em cartório.
Sendo assim, o ex-gestor aproveitou a ocasião e, a um site de Palmas (como se a eleição fosse lá), informou que está sendo vítima de perseguição do próprio companheiro de chapa. E afirmou o seguinte: “Em hipótese alguma vou desistir da minha candidatura, pois não existe fundamento jurídico das denúncias feitas contra mim, mas mesmo assim, ele (Mardônio) levou os fatos ao conhecimento do MPE com a finalidade de bloquear minha candidatura, para mim isso não é companheiro”, disse.
Quanto ao Termo de Compromisso, Antenor se fez de inocente e parece desconhecer o prazo contido nele afirmando: “Eu não descumpri o acordo, o que aconteceu foi que eu recorri da decisão, pois o TCE não tem competência para julgar contas do executivo, isso cabe ao legislativo e como eu consegui anular na Justiça a sessão que as contas tinham sido reprovadas e ainda não foi realizada outra sessão, eu não estou impedido de ser candidato”, informou.
Sobre a situação desconfortável criada com o impasse entre os dois majoritárias da coligação, Antenor informou que o relacionamento entre eles ficou muito abalada e que agora é impossível os dois subirem no mesmo palanque. “Nunca mais conversei com ele, até porque ele ficou com vergonha e sumiu da cidade, também não faço questão de ter a presença dele no meu palanque, pois se eu sou seu companheiro de chapa e faço denúncias contra você, não mereço sua confiança. Por isso, nós estamos vendo a possibilidade de colocar o vereador Márcio como vice, mas se não for possível ele fica mesmo do jeito que tá”, finalizou.
Mardônio sabiamente respondeu as acusações e informou que a falácia de Antenor chega a ser uma surpresa; “Eu fico surpreso com as declarações dele, pois já o apoiei em duas candidaturas a prefeito, o defendi de um impeachment na Câmara de Vereadores e sempre fui um companheiro dele, então não sei por que ele tem agido dessa forma”, argumentou.
Perguntado sobre o termo feito pela coligação, Mardônio lembrou que o acordo foi quebrado pelo próprio candidato a prefeito e não por ele. “Ele descumpriu o acordo e ainda me acusa de ter ido ao Ministério Público fazer denúncias contra ele, mas isso não é verdade, pois toda ação tem o nome das partes, inclusive o nome de quem fez a denúncia. Então quem tiver dúvida pode pegar os processos e ver se tem meu nome como parte”, declarou.
Sobre a falta de diálogo entre os dois o vereador informou que no momento, não tem conversado com Antenor, pois devido o impasse gerado, ele preferiu não se envolver. “Eu fiquei isolado, até porque esse tipo de discussão fortalece o adversário. Eu vou esperar a decisão da Justiça e ver se a candidatura dele será deferida ou não, mas como ele anda dizendo que não faz questão da minha presença no palanque, pretendo dar a ele o mesmo tratamento, pois ao que parece, ele quer levar isso até o fim e se caso não puder sair candidato, deve colocar um parente dele”, finalizou.
Uma coisa há de se concordar na fala do vereador Mardônio. Com todos esses acontecimentos minando a credibilidade de toda a coligação que ele pertence, quem ganha é a oposição, e neste caso, a oposição que ele se refere não é só a do atual prefeito Fabion Gomes, e sim a união do PT com PDT, “Coligação Rumo ao Novo Tempo” que cresce cada vez mais com os votos de protesto contra Gomes e Queiroz, e agora contando com um pouco dos eleitores que pensavam em votar na coligação “O Povo Com Voto Voz e Vez” a coligação do professor Cleber já começa a fazer planos mais futuristas para esta campanha, “é ver para crer”, e por nadinha......
Com Informações do Site RT
