Tocantinópolis - TO
TOCNOTÍCIAS Vocês Fazem a Notícia, Nós Apenas Divulgamos!
Siga-nos
Facebook Youtube Twitter
Linha

2ª Sessão de Agosto da Câmara de Tocantinópolis Foi Marcada Por Discursos Polêmicos

Data do post: 04/08/2012 10:13:43 - Visualizações: (3855)

A sessão do dia 02 de Agosto de 2012 da câmara municipal de Tocantinópolis foi marcada por discursos fervorosos, onde em momento de êxtase um dos vereadores colocou em dúvida as decisões do juiz eleitoral da 9ª zona.

          A sessão começou tranqüila e desta vez contou com um número maior de parlamentares, 7 compareceram, faltando apenas o vereador Gideon Lourenço que justificou sua ausência explicando que estava em viagem acompanhando seu irão que se encontrava internado na cidade de Imperatriz, e Fernando Progresso. Após a leitura de um trecho da bíblia feita pelo vereador Elson Ribeiro, o presidente da casa perguntou aos nobres pares presentes se algum deles tinha requerimentos verbais ou escritos, sendo que o primeiro a apresentar pedido verbal foi o vereador Vicente Morais que solicitou que fosse enviado ofício ao Diretor Geral do IML do Tocantins, senhor Eduardo Braga para que o mesmo tome alguma providencia sobre a falta de médicos legistas no IML de Tocantinópolis. Segundo o vereador a cidade se encontra abandonada neste quesito, lembrando que quando acontece algum acidente fatal na região os corpos são trazidos para o IML local e o corpo fica abandonado na chamada pedra, as vezes aguardando o dia inteiro até que apareça algum medico legistas para despachar o corpo aos seus entes que ficam do lado de fora do prédio numa espera angustiante. Na justificativa Vicente disse; “Além dos familiares sofrerem uma grande perda, ainda tem que passar por uma imensa humilhação, como o caso do garoto Marcelo que morreu afogado aqui em Tocantinópolis, e seu corpo passou mais de vinte horas, bolando daqui para Araguaína e de volta pra cá, e o corpo ficou em cima da pedra lá, e os familiares sofrendo sem poder fazer nada, nem olhar, e o corpo se decompondo. Por esses motivos gostaria que esse oficio fosse encaminhado em caráter de urgência”. Encerrou o vereador.

            Na seqüência foi à vez do peemedebista Mardônio Queiroz. Em seu requerimento o vereador pediu que fosse endereçado ofício ao secretário de administração do Estado do Tocantins, solicitando que o mesmo providenciasse que em todas as repartições públicas pertencentes ao Estado, melhorassem o atendimento em se tratando dos meios de comunicação, principalmente no que se refere à emissão de notas, GTA’S, boletos e outros documentos mais que precisam do sistema integrado do Estado que se encontra em péssimo funcionamento. Em sua justificativa o vereador disse que: “É uma vergonha, hoje nós precisamos de uma nota fiscal junto à receita estadual, e quando está funcionando normalmente em média leva-se uma hora ou duas horas para se emitir uma nota fiscal, já tem praticamente dois dias que não funciona o sistema e hoje voltou mais em condições precárias, a ADAPEC da mesma forma, a maioria dos produtores querem transportar o rebanho e não conseguem por falta de documentos, e quando chegam nas barreiras tem a fiscalização que cobra esses documentos. Então é inaceitável tamanha situação, é necessário que o secretário se sensibilize com essas más condições que não é só inerente a Tocantinópolis, mas, em todo o Estado”. Falou o camarista que aproveitou e solicitou que também fosse enviado ofício ao chefe do Dertins, senhor Juvamar para que tomasse providencias quanto às pontes da TO-126 no trecho entre Tocantinópolis e Aguiarnópolis, principalmente sobre o encabeçamento destas pontes, lembrando sobre o acidente que aconteceu no ultimo dia 30 de julho quando uma família inteira quase perdeu a vida em um acidente após passarem pela ponte sobre o córrego Mumbuca.

             Outro que também fez requerimento verbal foi o vereador Elson Ribeiro.

            Encerrado os pedidos de requerimentos o vereador Zullias voltou ao velho assunto das contas de Antenor Queiroz, perguntando aos presentes se os mesmos concordavam em realizar uma nova votação das contas de 2007 que já haviam sido rejeitadas, onde todos aceitaram a realização de nova votação.

            Em seguida começaram os discursos do grande expediente, e durante eles, houve novamente um bate boca elegante, cada um usando réplica e tréplica entre Mardônio e Elson Ribeiro. Este ultimo ao usar a palavra aproveitou para se vangloriar de ter escapado da perda do mandato por infidelidade partidária, dizendo que foi defendido pelo “Advogado dos Advogados” no caso se referindo a Deus.

 

Elson aproveitou ainda e atacou o PMDB, seu antigo partido, em uma das suas frases disse que “o PMDB hoje está só o resto”. Falou também sobre as cartas anônimas que voltaram a sair na cidade, e que hoje só servem para fortalecê-lo. (Acompanhem um trecho do discurso do vereador no vídeo abaixo)

             No término do discurso de Élson, o vereador Mardônio pediu o uso da palavra e rebateu o discurso de Ribeiro, lembrando a ele que o mesmo só havia escapado por que o seu Osvaldo do Sesp havia retirado o pedido. (vejam no vídeo abaixo)

            O polêmico vereador Márcio Kley pediu para falar e em seu discurso apoiou a fala do vereador Elson sobre a necessidade de nova votação das contas de Antenor, e para inflamar os discursos pondo sob suspeita as decisões do juiz eleitoral dizendo o seguinte: “O que me chama a atenção é o que o juiz leu antes e o que ele leu depois, quando o juiz fala que não há indicação de quê tenha havido votação nominal, ‘o juiz erra, peca’ porque a de 2007, eu tenho certeza que o juiz leu e a 2007 ficou bem clara na Ata, que foi feita uma votação aberta. Mas o que me chama mais atenção é do juiz eleitoral não se dá a observação de quê à intimidade juntamente com a outra coligação por parte do juiz é muito grande. O Juiz que mora em uma casa aí de propriedade da pessoa do senhor José Bonifácio, o que me chama a atenção é isso, e de repente tenha uma alegação e logo em seguida volta atrás sendo que ele não leu a outra parte que foi a de 2007, só leu a de 2008”. O vereador continuou sua fala dizendo que fica se perguntando o quê o juiz leu, e disparou ainda: “Eu tenho certeza que o legislativo precisa dá uma resposta, até porque nós começamos um processo em função a primeira decisão do juiz, e assim que a câmara começa um processo, ele vem e manda parar, ou seja, o ato do juiz sofreu, ele teve efeito no mundo jurídico, a câmara acatou, tanto é que notificou o ex-prefeito, foi feito aqui uma sessão está registrado em Ata, muito embora só eu assinei a ata, acho que os nobres vereadores esqueceram, onde foi até passado para as comissões, isso me chama a atenção, e eu fico pensando o que levou o juiz a abrir os olhos nessa situação depois de ter andado tanto a sua decisão. Peço a sua excelência senhor presidente que peça explicação, e se o juiz eleitoral não puder nos responder a altura, que agente consiga aí acionar o CNJ (Conselho Nacional de Justiça). O Tocantins não quero aqui que me colocar em um ou outro magistrado, mais assim como o CNJ falou, o judiciário do Tocantins ta contaminado! E decisões dessa natureza é que nos faz me perguntar. O que o juiz teria lido? Fica a resposta meu presidente, e fora de tempo ainda peço que vossa excelência se puder que pedisse para o juiz que desse uma explicação pra que agente possa entender, eu acho que fica muito desamparado somente essas colocações aqui, meu muito obrigado. Encerrou Márcio Kley. (Vejam o Discurso na integra no vídeo abaixo)

        O camarista Mardônio Vilanova resolveu falar novamente e autorizado pelo presidente disse que as vezes fica até surpreso com algumas coisas que saem naquela casa, discordando de algumas partes do discurso de Márcio. Mardônio citou o seguinte: “Eu não sei, acho que não tem porque duvidar da integridade da imparcialidade do juiz, de forma alguma, nessa questão de alugar, poderia muito bem alugar uma casa minha, nós temos várias aí para alugar, meu tio, dona Leolinda e várias pessoas aí, acho que não tem nada a ver independe essa questão de fazer um pré-julgamento se o juiz vai ser tendencioso a favor de ‘A’ ou ‘B’, porque eu não sei, acho que não é por aí, o juiz tem que obedecer a lei. Replicou Vilanova. (vejam no vídeo abaixo).