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Agentes da PF iniciam greve em todo o país e prometem operação-padrão nos aeroportos

Data do post: 07/08/2012 07:41:36 - Visualizações: (2760)

Agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal iniciam nesta terça-feira (7) uma greve por tempo indeterminado, em todo o Brasil, para cobrar reestruturação da carreira e dos salários da categoria.

Greve da PFDurante a semana, a paralisação contará com operação-padrão em aeroportos como Cumbica, em Guarulhos (SP), e Salgado Filho, em Porto Alegre. Apenas 30% do efetivo, exigido em lei, não vai parar.

De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcos Wink, a categoria esperou até essa segunda-feira (6) que o governo federal apresentasse uma proposta capaz de evitar a paralisação, o que não ocorreu.

“Nossa questão não é apenas salarial --algo que nos é amplamente negociável --, mas estamos há dois anos tentando a reestruturação de carreira, sem resposta, devido a uma portaria do Ministério do Planejamento de 1989 que nos concede atribuições de nível médio”, disse Wink, para completar: “Queremos uma lei que regule as atribuições que exercemos de fato, e que são de nível superior e precisam de tratamento salarial como tal”.

Em todo o país, conforme os números da Fenapef, a PF tem cerca de 6.500 agentes, 2.000 escrivães e 700 papiloscopistas, dos quais apenas 30% atuarão durante a greve. Além desse contingente, há ainda 2.000 delegados que não aderiram à paralisação.

Em São Paulo, o presidente do sindicato dos Servidores da PF no Estado, Alexandre Sally, disse que está prevista para ocorrer na quinta (9), a partir das 16h30, uma operação-padrão no aeroporto Internacional de Guarulhos, com maior tempo para procedimentos verificação de passaportes.

No Estado, são cerca de 1.400 agentes que aderiram à greve, de acordo com o sindicato. “Teremos o efetivo mínimo de 30%, mas serviços como checagem de passaporte, atendimento na imigração, fiscalização em empresas de segurança privada, escolta de presos e investigações serão prejudicados”, afirmou Sally. “E com a reestruturação de carreira, queremos também evitar a evasão de profissionais –perdemos 2.000 deles em apenas cinco anos”.

Hoje, o salário-base de agente da PF é de R$ 7.514. O de delegados varia de R$ 13.368 a R$ 19.700. Em nota divultada na noite desta segunda, o sindicato paulista informou que não é pretendida a equiparação com os delegados federais, “que já recebem o teto da administração pública federal (R$ 19.699,82), acima da Receita Federal, AGU, etc, mas sim, reestruturação das carreiras de escrivães, agentes e papiloscopistas com reconhecimento remuneratório do nível superior”.

Hoje, em são Paulo, os grevistas participam de uma entrega simbólica de armas e carteiras na superintendência da PF, na Lapa (zona oeste).

Na tarde de sexta, a categoria volta a se reunir em assembleia para avaliar eventual proposta do governo que seja apresentada, até lá, e para definir os rumos da paralisação. (Uol)