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Operários Morrem Após Queda do 22º Andar de Prédio em Construção em Palmas

Data do post: 11/08/2012 17:38:22 - Visualizações: (2240)

Denison Barbosa e Roberto Oliveira caíram de uma altura de cerca de 66 metros; obra foi embargada parcialmente.

Os operários do ramo da construção civil Denison Barbosa, de 23 anos, e Roberto Oliveira, de 48 anos, caíram de uma altura de aproximadamente 66 metros, do 22º andar do prédio Executive Residence, obra da Construtora Araguaia, na Quadra 105 Norte, em Palmas, no final da tarde de ontem. Com o impacto da queda, os dois homens foram a óbito. A obra foi embargada parcialmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), após uma vistoria.

O dono da construtora, Ataídes Oliveira, suplente do senador João Ribeiro, declarou que lamenta a tragédia. "Há 18 anos construímos em Palmas e nunca tinha ocorrido um acidente, porque é procedimento da empresa a segurança dos nossos operários", declarou. Segundo Oliveira, os dois operários estavam fazendo a mudança da bandeja (estrutura que serve para a proteção), mas ao invés de prenderem o cinto de segurança no cabo de aço, teriam prendido em outro equipamento ao lado. "Um terceiro operário, que estava ao lado deles, informou que tentou alertar sobre o erro, mas não houve tempo. Um caiu e o outro na tentativa de ajudar também acabou caindo, infelizmente", informou.

O empresário declarou que a construtora está oferecendo todo suporte às duas famílias. "Estamos ao inteiro dispor para ajudar no que for preciso”.

O prédio foi sede, em maio  passado, da Mostra de Arquitetura no Tocantins (Mosarq).

Embargo

Após o acidente, uma equipe de auditores fiscais do Ministério do Trabalho estiveram presentes na obra e constataram que o fato foi ocasionado por falhas humanas e erros de execução do projeto. O auditor fiscal Nilton Lana informou que, devido às falhas encontradas, as obras serão paralisadas parcialmente, até que sejam readequadas, conforme norma de segurança do trabalho. "Provavelmente, ambos não estavam utilizando o equipamento devidamente, porque não prenderam o cinto no cabo de aço, mas sim em outro equipamento", frisou.

O auditor ainda ressaltou que o acidente foi uma seqüência de erros humanos e da própria execução do projeto, como um erro da fixação da estrutura do concreto que se rompeu. Será feito pela equipe do ministério um relatório técnico do acidente, e também sobre outras possíveis irregularidades encontradas na execução da obra. Segundo Lana, os cintos de segurança permaneceram nos corpos dos operários, que foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML).  Laudos sobre o acidente também serão emitidos pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-TO) e perícia.

Vítimas fatais

Denison Barbosa, 23 anos, e Roberto Oliveira, de 48 anos.

Wallissia Albuquerque/JTo