Em assembléia realizada nesta ultima quarta-feira (26), a categoria aceitou reajuste salarial de 7,5%; funcionários do Basa mantiveram a paralisação.
As agências bancárias do Tocantins reabrem suas portas a partir de hoje, após os trabalhadores aceitarem - por 99 votos a favor e 39 contra - a contra proposta de 7,5% da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
A assembléia ocorreu ontem à noite na sede do Sindicato dos Bancários, em Palmas. Os bancários entraram em greve no último dia 18, em todo o país, reivindicando, entre outros benefícios, reajuste salarial de 10,25%. No Tocantins são mais de 1.300 servidores atuando em 125 agências. Com a decisão, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e demais instituições privadas retomam suas atividades normalmente a partir das 11 horas. A exceção é o Banco do Amazônia, cujos funcionários decidiram manter a paralisação.
Conquistas
O presidente do Sindicato dos Bancários, Célio Mascarenhas, afirmou que o resultado conquistado foi satisfatório. "O movimento foi muito coeso, com 90% da categoria aderindo à greve. Isso é sinônimo de união e garra dos trabalhadores para que os anseios fossem atendidos", disse. Entre os resultados obtidos junto à Fenaban há ainda o reajuste do piso nacional da categoria, que sai dos R$ 1400,00 para R$ 1519,00 na função de bancário; anúncio de contratação de sete mil pessoas até 2013, pela Caixa Econômica Federal, e melhoria na Participação de Lucros e Resultados, que tem cálculos diferentes de uma instituição para a outra. Segundo Mascarenhas, o percentual oferecido é de acordo com os lucros, sendo que a Caixa Econômica paga 4%, Banco do Brasil, 7,5% e o Banco do Amazônia, 15%.
Decisão
A decisão dos funcionários do Banco do Amazônia só será anunciada após as 18 horas de hoje, quando será conhecida também a votação da matriz, em Belém (PA). Os grevistas querem melhoria no Plano de Saúde, revisão no Plano de Cargos e Salários - criado em 1994 - instalação de Ponto Eletrônico e Equiparação dos salários com os das instituições bancárias federais. "Nosso Plano de Cargos e Salários é o mais defasado", diz o bancário Ramiro José Filho.
Luiz Henrique Machado/JTo