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Empresário é Suspeito de Aplicar Golpe de R$ 22 Milhões em Bancos

Data do post: 02/10/2012 21:35:31 - Visualizações: (2393)

Ele usava escrituras falsas de fazendas para obter empréstimos, diz polícia. Suspeita é de que havia colaboração de cartórios do interior de Goiás e do Tocantins.

Um empresário de 52 anos foi preso em Goiânia suspeito de fazer empréstimos bancários milionários e apresentar, como garantia, 13 grandes áreas rurais no estado do Tocantins que não pertenciam a ele. A prisão aconteceu na noite de segunda-feira (1º), na casa dele, no Setor Bueno. De acordo com a polícia, o total de empréstimos feitos em financeiras chega a R$ 22 milhões.

            O irmão do empresário também é suspeito de participar do esquema e está foragido. Conforme a investigação, os irmãos tinham a colaboração de cartórios do interior de Goiás e do Tocantins e apresentavam escrituras falsas. Somente em um dos seis bancos que, segundo o delegado, foram lesados, eles fizeram empréstimo no valor de R$ 3,5 milhões.

            O caso foi investigado pelo Ministério Público de Mossâmedes, no interior de Goiás, durante quatro anos. No início de 2012, o inquérito policial, que tem 11 volumes, foi encaminhado para o 4º Distrito Policial de Goiânia. Os dois irmãos são suspeitos de estelionato, formação de quadrilha, falsidade ideológica e falsificação de documentos.

            “Nós pedimos a prisão de mais pessoas. Parentes, dono do cartório, escreventes de Mossâmedes. Pessoas que contribuíram para o êxito dessa empreitada criminosa”, explica o delegado que investiga o caso, Manoel Borges.

            A defesa do empresário disse que a prisão foi arbitrária, uma vez que o processo é civil e não penal e que seu cliente já havia se colocado à disposição da Justiça para esclarecimentos.

              Investigações

           As escrituras falsas foram lavradas em Mossâmedes e registradas no cartório de Angico, no Tocantins. As investigações estavam em andamento havia quatro anos e eram conduzidas pelo Ministério Público de Mossâmedes e depois repassadas para a Polícia Civil, em Goiânia, onde é a sede do banco Indusval. O delegado Manoel Borges de Oliveira diz que com a descoberta da fraude dos documentos comprovou-se o estelionato.

            Os irmãos Delollo vão responder ainda por formação de quadrilha, falsidade ideológica e falsificação de documentos. O inquérito policial investiga ainda o ex-escrevente do cartório de Mossâmedes (121 km de Goiânia) Edson de Lima Janeri e o proprietário do cartório de Angico, em Tocantins, João Paulo Rodrigues Júnior, e sua mulher, Ana Leida Oliveira Rodrigues.

            Também estão citados Adaílsa Maria Ribeiro e Vandeir Sebastião Vieira, que foram contratados por Delollo para acompanhar vistorias nas fazendas com um engenheiro de um dos bancos antes da realização de empréstimo. Os empréstimos tomados pela dupla em outros seis bancos ainda estão em investigação. Os advogados dos irmãos Delollo não foram localizados pela reportagem do UOL para falar sobre as suspeitas.

 

do G1 e Uol