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Falta de Medicamentos na Farmácia Básica de Tocantinópolis Gera Reclamação por Parte de Deficientes Físicos

Data do post: 11/02/2016 03:04:47 - Visualizações: (3338)

O tetraplégico João Farias de Sousa de 31 anos, e o paraplégico Jocemir Graciano Guimarães de 22 anos, aguardam a mais de 45 dias por remédios que os dois precisam tomar todos os dias e não são entregues pela secretaria de saúde do município.

imagem do site www.tocnoticias.com.brImagine você ter uma vida perfeita e de repente tudo mudar devido a um acidente de motocicleta? Pois bem, foi isso que aconteceu com esses dois jovens, que tiveram a triste experiência de se envolverem em acidentes com motocicletas, escapar, mais ficarem presos a cadeiras de rodas numa cidade onde a acessibilidade ainda é muito pouca.

João e Jocemir, estão vivenciando na pele as dificuldades interposta pelo sistema falido que hoje existe em todo Brasil, porém, Tocantinópolis consegue se destacar devido ás péssimas situações vividas pelos munícipes com uma administração que prega blasfemando a frase "Deus acima de Tudo", e deixa seu povo passando fome, frio, e as vezes até sede, sem contar necessidades básicas como saúde e educação.

Os cadeirantes cansados de tanto mendigar na farmácia básica do município tentando usufruir do seu direito de cidadãos comuns necessitados, procuraram a redação do Tocnoticias para reclamar publicamente do descaso que vem acontecendo com eles.

"Nós chega lá e fica como Deus dará, ninguém sabe de nada, já tem 40 dias que me deram os remédios e sondas, e depois de 40 dias eu fui lá e disseram que não tem nada, não tem uma sonda, não tem um saco coletor, não tem um remédio, e aí como é que fica? Se o SUS passa esse dinheiro e vai ficar onde isso? Não tem lógica, e nós queremos uma vida mais digna, porque o SUS junto com a Secretaria de Saúde com a Assistência Social dê conta desse remédio pra nós". Disse o beneficiário João Farias.

João contou ainda que só de um medicamento ele tem que tomar mensalmente cerca de 180 comprimidos, outro são 90, mais 160 comprimidos de um terceiro remédio que o ajuda a viver sem as dores diárias e os problemas urológicos que eles sente devido as sequelas do acidente.

imagem do site www.tocnoticias.com.brO segundo cadeirante Jocemir Graciano Guimarães contou que necessita tomar mensalmente pelo menos 180 comprimidos do medicamento Retemic, e que devido as dificuldades ele está sem usar do remédio tão importante para o seu bem estar. "Além das dificuldades como o sol e a chuva tem os quebra-molas como na Vilanópolis que tem dois em uma ladeira só, a gente acaba de passar um quebra-molas e anda uns metros na frente já tem outro, já chegamos com os braços doloridos e estourados porque não tem como, não tem lógica a gente ficar indo todo os dias atrás desses remédios sendo que vem a verba pra isso, tem a receita porque nós temos um tratamento ininterrupto, com esses remédios que temos que tomar diariamente e as vezes a gente vai debaixo de chuva do sol, e quando estamos exausto pedimos pra alguém ir lá mais mesmo assim não tem como, não tá vindo o remédio porque disseram que não estão mais fazendo os pedidos porque não estão conseguindo trazer esses remédios aqui pra cidade, e eles ficam jogando pra um e pra outro, e eu só queria pelo menos nossos remédios pra gente poder andar sossegado na rua porque se nós não tomarmos esses remédios praticamente temos que ficar em casa devido algumas complicações por falta dos mesmos". Reclamou Jocemir.

imagem do site www.tocnoticias.com.br"Se eles tivessem um pouco de consideração, se tivessem alguém da família do pessoal que trabalha nessa área com algum tipo de deficiência, ou seja, cadeirante como a gente eles iriam entender que a gente vai atrás não é porque nós queremos gastar o dinheiro do SUS, do Estado ou do município, nós queremos porque precisamos, realmente a gente precisa". Disse Jocemir.   

 Após a reclamação dos dois rapazes procuramos a secretaria de Saúde do município que já havia conseguido pelo menos um pouco do medicamento Retemic, onde nos apresentaram uma sacola com esses remédios, porém os outros não souberam informar quando estariam disponíveis.

Assista no vídeo abaixo a entrevista com os dois cadeirantes na íntegra:

Fonte: Roberlan Cokim/Redação do Tocnoticias