Um ano, 02 meses e 13 dias após matar a golpes de faca um homem na cidade de Nazaré (TO), Adalto Costa Araújo de 40 anos, conhecido pela alcunha de "Francisquim", foi preso durante a "Operação Quase Chico", realizada por agentes da polícia civil de Tocantinópolis em conjunto com policiais civis da cidade de Esperantinópolis (MA).
A operação foi chefiada pelo Delegado Regional Dr. Tiago Daniel de Morais com acompanhamento do Delegado Diego Maciel juntamente com agentes da polícia civil do Maranhão que juntos conseguiram prender o foragido que se estava morando e trabalhando tranquilamente na cidade maranhense. A prisão aconteceu na ultima quarta feira (27).
Em entrevista o Delegado Regional Dr. Tiago Daniel, explicou como se deu a operação "Quase Chico", nome dado por causa do apelido de Adalto "Francisquim". Na entrevista Dr. Tiago disse que eles receberam a informação de que o foragido estaria em Esperantinópolis (MA), cidade distante cerca de 93km de Barra do Corda, município onde Adalto nasceu.
"Já tinha um bom tempo que a gente procurava o 'Francisquim', já tínhamos ido até a cidade de Nazaré, a gente tinha informações que ele poderia estar lá, e algumas vezes chegamos a ir mais não o encontramos. E aí ele passou um bom tempo desaparecido, até que conseguimos informações de que ele estaria numa cidade depois de Barra do Corda, em Esperantinópolis no Maranhão. Nós colhemos mais informações e conseguimos descobrir o que ele estava fazendo naquela cidade e a gente tinha uma ideia de onde ele estava morando lá, com quem que era, e em razão disso montamos uma operação e eu mandei policiais meus pra lá e com o apoio da polícia civil de lá, também do delegado de Esperantinópolis e os seus agentes eles ajudaram a gente a cumprir esse mandado de prisão dando êxito assim na nossa operação". Explicou Dr. Tiago.
O delegado aproveitou a entrevista para explicar sobre o andamento das investigações de outros crimes que tem outros acusados foragidos onde citou o seguinte: "Nós já temos ideia de onde alguns deles estão. A gente tem algumas pessoas que tem o mandado de prisão em aberto por homicídio e o recado que eu tenho a dar é o seguinte. Se eles puderem se apresentar é a melhor saída pra eles, porque se a gente não cumprir esse mandados hoje, ou amanhã, daqui uma semana, daqui um ano. Nós vamos cumprir independente do prazo, daqui cinco ou dez anos porque o importante é que mais cedo ou mais tarde eles vão ser presos, ou pela minha equipe, ou por outras pessoas. A minha equipe está bem atenta a isto, nós estamos cada vez mais focados nesse tipo de diligência e aqueles que estão foragidos se não se apresentarem mais cedo ou mais tarde nós vamos pegá-los".
Assista a entrevista na íntegra no vídeo abaixo:
Depoimento do Acusado
Já na delegacia regional de Tocantinópolis, Adalto prestou depoimento, onde contou sua versão do que aconteceu no dia em que ele ceifou a vida de Wendel Martins de Oliveira conhecido por "Del". Francisquim contou que já tinha uma desavença com Martins por causa da política local de Nazaré, já que cada um tinha um lado político, e que o atrito começou ainda em 2012 após o resultado das eleições daquele ano, que segundo Adalto, Wendel desgostoso com a derrota de seu candidato, foi até a porta de sua casa para ficar lhe provocando.
Sobre a confusão que terminou na morte da vítima, o acusado disse que a contenda iniciou após o seu filho adolescente ter passado pelo quintal de Wendel, e que depois disso Del ameaçou de quebrar a perna de seu filho caso este passasse por lá novamente, e que após ouvir isso o acusado disse ter falado para a vítima que não precisava ele quebrar a perna do menino, pois ele tinha pai e nunca mais o filho dele passaria pelo quintal dele novamente. Ainda descontente, Adalto relatou que Del disse: "Eu quebro a perna do teu filho, estupro a tua filha, ponho saia em ti e te coloco no meio da rua no carnaval e saiu batendo na tua bunda e cantando". Costa citou que após ouvir as provocações respondeu: 
"Olha se tu mexer comigo tudo bem, vou deixar isso quieto, mais se tu mexer na minha família não vai dar certo". O acusado relatou que a esposa da vítima ao ouvir a discussão apareceu na porta da casa perguntando o que estava acontecendo e com isso Adalto disse ter respondido que o marido dela estaria lhe provocando, que a esposa de Del perguntou pra ele se era verdade, no qual Wendel confirmou que sim, dizendo novamente o que havia falado que iria fazer com o acusado. Depois disso Araújo contou que virou as costas para se retirar do local quando a vítima o segurou pela gola da camisa e que ao sentir que estava sendo seguro, Adalto sacou uma faca que levava na cintura e desferiu dois golpes na barriga e peito de Wendel. O acusado explicou ainda para o delegado que estava com a faca porque tinha ido mais cedo na lavoura comunitária para chupar cana de açúcar.
Costa relatou que depois de desferir as facadas na vítima ele saiu do local e fugiu, ficando escondido por seis dias no mato e que depois desse período o mesmo foi embora para Esperantinópolis, mesma cidade onde acabou sendo reconhecido e preso.
Depois de prestar depoimento, Adalto foi encaminhado para a Cadeia Pública de Tocantinópolis, onde vai aguardar o julgamento preso.
