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Em Maurilândia, População da Zona Rural Sofre com a Falta de Água Potável

Data do post: 09/01/2017 13:59:13 - Visualizações: (3577)

Moradores da localidade denominada "Povoado Ema" dependem da água da chuva e dos carros pipas enviados três vezes por semana para abastecer caixas d'água e baldes que ficam nas margens da rodovia. Já os residentes na Rodovilândia estão organizando um bingo para mandar cavar um poço.

Imagem do Site www.tocnoticias.com.brEquipe de reportagem do Portal Tocnoticias esteve na localidade e acompanhou de perto o sofrimento e a humilhação de ter que esperar a água cair do céu ou chegar, "quando chega", de carros pipas enviados pela prefeitura municipal para abastecer as precárias caixas d'águas e baldes que ficam largados na beira da rodovia TO 126, todos sujos pela lama e a poeira.

Iniciando seu segundo mandato, a prefeita Leoneide Conceição Sobreira ainda não conseguiu resolver o problema da falta de água em algumas localidades como o 'Povoado Ema" e a localidade conhecida como "Rodovilândia", no município no qual é gestora desde 2013. Leoneide venceu as eleições de 2012 com 49,447% dos votos válidos, com uma diferença de apenas 20 votos do segundo colocado. Sobreira já havia sido derrotada numa disputa pela prefeitura de Maurilândia, quando amargou um terceiro lugar na eleição de 2008 ficando em terceiro lugar naquela ocasião com apenas 500 votos.

Imagem do Site www.tocnoticias.com.brNão se sabe os motivos que levam uma gestora que vai para o seu segundo mandato, não mandar perfurar alguns poços artesianos nessas comunidades, já que durante o primeiro ano de sua gestão ela administrou nas contas da prefeitura a bagatela de  R$ 8.631.823,11 (Oito Milhões, Seiscentos e Trinta e Um Mil, Oitocentos e Vinte e Três Reais e Onze Centavos), mais R$ 10.537.463,42 (Dez Milhões, Quinhentos e Trinta e Sete Mil, Quatrocentos e Sessenta e Três Reais e Quarenta e Dois Centavos) de 2014, outros R$ 10.542.072,22 (Dez Milhões, Quinhentos e Quarenta e Dois Mil, Setenta e Dois Reais e Vinte e Dois Centavos) durante o ano de 2015, e fechando o primeiro mandato com mais R$ 13.942.655,27 (Treze Milhões, Novecentos e Quarenta e Dois Mil, Seiscentos e Cinquenta e Cinco Reais e Vinte e Sete Centavos).

O dinheiro que passou pela administração de Leoneide de Janeiro 2013 a Dezembro de 2016 totalizou  nada menos do que R$ 43.654.014,02 (Quarenta e Três Milhões, Seiscentos e Cinquenta e Quatro Mil, Quatorze Reais e Dois Centavos).

Clique Para AmpliarAcompanhe na Tabela Abaixo:

Ano Valor dos Repasses Constitucionais
2013 R$ 8.631.823,11
2014  R$ 10.537.463,42
2015  R$ 10.542.072,22
2016  R$ 13.942.655,27
Total  R$ 43.654.014,02

Imagem do Site www.tocnoticias.com.brQuem passa pela Rodovia TO 126 no trecho que liga Tocantinópolis a Maurilândia do Tocantins se depara com a cena grotesca, no qual cada morador do Povoado Ema deixa na beira da estrada alguns baldes e no caso daqueles que tiveram melhor sorte, algumas caixas d'águas para que, quando a chuva cair os encha, ou caso o carro pipa apareça, possa abastecê-los. O que chama a atenção é que a cena não vem de hoje, mais a situação a cada dia que passa só piora com a falta de chuvas na região.

Um dos grandes problemas enfrentados pelos moradores dessa comunidade é o fato de que quando chove os baldes e caixas se enchem de água, porém, a lama deixada para trás, faz com que os veículos que trafegam pela rodovia suje toda a água coletada com lama que é jogada pelos carros ou com a poeira quando não está chovendo.

Imagem do Site www.tocnoticias.com.brA falta de água também é sentida no centro da cidade, pois a Avenida Ulisses Guimarães, a principal que corta o centro da cidade, também é um caso de calamidade pública, pois a poeira na seca e a lama quando chove atormenta os moradores e comerciantes estabelecidos nesta avenida. Como chove pouco, a solução seria molhar, porém, uma tentativa feita pela prefeita no ano de 2015 de se fazer um tipo irrigação com mangueiras para molhar a avenida não deu certo. A água para molhar a avenida seria puxada do Córrego  Bom Jardim, mas, a ideia não deu certo e o plano se transformou apenas em mais um gasto inútil feito por esta gestão.

A ponte sobre esse mesmo córrego que é chamado de "Melou Lavou" pela comunidade, mostra que o poder público municipal não está muito preocupado com a estrutura física da cidade, pois a ponte ainda é feita de madeira, e ninguém soube informar a quanto tempo a mesma foi construída.

Imagem do Site www.tocnoticias.com.brBingo Para um Poço

No outro extremo do município, já no povoado denominado Rodovilândia, os moradores cansados de esperar pelo poder público resolveram se mobilizar e organizaram um Bingo Beneficente para arrecadar fundos a fim de mandar cavar um poço semi artesiano para suprir provisoriamente as necessidades da comunidade, mais o que não resolverá o problema em geral, pois eles não terão como construir encanação necessária para que a água chegue até as residências.

Imagem do Site www.tocnoticias.com.brPelo menos no Povoado Ema os moradores são céticos em afirmar que nada vai mudar naquela localidade. "Ela já ajuda nós, manda o carro pipa e com essa crise no Brasil acho difícil nossa situação mudar algum dia, não tenho pra onde ir, se não já teria ido embora daqui a muito tempo, porque não tem coisa pior do que você precisar de água". Explicou um dos moradores.

Outros moradores também confirmaram que a prefeita ajuda eles mandando o carro pipa mais nenhum deles esconde que o desejo deles é o de ter água encanada em suas casas, o que para muitos é um sonho bastante distante.

"Ela me deu uma caixa d'água e manda o carro pipa três vezes por semana, já é alguma coisa, tenho fé em Deus que um dia a água encanada chegue até nós, mais não sei se vai ser na gestão da Leoneide". Defendeu uma moradora.



Fonte: Redação do Tocnoticias