A reunião aconteceu na manhã desta ultima segunda feira (16), na sede da Associação dos Avicultores do Norte do Tocantins e Sul do Maranhão em Tocantinópolis, onde os 48 associados presentes propuseram um manifesto a ser entregue para o diretor Geral da Bonasa Alimentos.
Segundo consta no manifesto assinado por todos os participantes da reunião, a integradora não vem cumprindo com os pagamentos dos integrados desde o primeiro semestre deste ano de 2016, o que agravou mais ainda no segundo semestre daquele mesmo ano, chegando ao absurdo de demorar até noventa dias para realizar os pagamentos.
Segundo os associados, a falta de pagamento somada ao baixo número de aves alojadas por metro quadrado está causando inúmeros prejuízos financeiros aos avicultores, sendo que esta prática está levando à falência da atividade de avicultura nesta região.
No manifesto os integrados estão requerendo a tomada de medidas urgentes para a regularização dos pagamentos, bem como, o reestabelecimento da normalidade dos alojamentos, com o consequente cumprimento do contrato existente entre integrado, integradora e o Banco Financiador. Devendo a integradora (Bonasa), apresentar proposta real de quitação dos débitos atrasados e que a mesma honre com o pagamento dos lotes futuros conforme previsto no contrato de parceria.
No documentos os avicultores solicitaram ainda a presença do Sr. Aroldo Silva Amorim Folho em reunião extraordinária, que deverá acontecer em data a ser designada pela associação, onde deverá ser tratados os assuntos citados no manifesto. (Clique Aqui para ver cópia do Manifesto)
Uma equipe do Portal Tocnoticias esteve na reunião e acompanhou os debates entre os avicultores, e conseguimos uma entrevista com o presidente da Avinto, Humberto Saraiva que ao ser perguntado sobre a real situação dos integrados hoje respondeu: "O motivo desta reunião foi a ansiedade dos nossos Associados e avicultores em relação aos atrasos de pagamentos de remuneração dos nossos Associados. Nós tentamos, a diretoria da Avinto junto com a diretoria da planta de Tocantinópolis, fizemos várias reuniões para que eles falassem pra nós a situação que se encontra a empresa, porque estava está acontecendo essas atraso no pagamento dos avicultores no qual eles estão alojando, hoje se está alojando só a metade da capacidade de cada aviário, a capacidade era para 14 franja eles tão alojando sete aves. O pagamento vinha ocorrendo 15 dia depois que retirava as aves, hoje se chega atraso de até 90, está se chegando em até 100 dias o avicultor sem receber. E com isso a atividade fica inviável, tem um alto custo pra 
se pagar energia tem os Funcionários das granjas, tem o custo operacional, E com isso o avicultor não tem mais fundo de reserva para arcar com esses custos. Então nós decidimos fazer essa reunião no qual foi deliberada esta pauta em relação ao atraso, e agora mais uma vez foi decidido a gente procurar, nós constituímos um advogado, a Avinto contratou o advogado hoje, foi aprovado na Assembleia. E nós vamos tentar mais uma vez conversar agora com o diretor geral da empresa para que nós possamos retomar as negociações porque nós não queremos paralisar pelo contrário, nós queremos criar frango porque nós sabemos que gera muitos recursos, muitas famílias empregadas e nós não queremos que essas famílias fiquem desempregadas. Esse é o nosso objetivo nessa reunião. Caso a Empresa Bonasa Alimentos S.A., na pessoa do seu Aroldo Amorim não acatar nossas reivindicações, não negociar, nós vamos reunir novamente a Associação dos integrados onde está tendo adesão de 100% dos avicultores, aí nós vamos tomar uma atitude, essa atitude vai ser tomada mediante aprovação da maioria dos nossos associados". Explicou Saraiva
Perguntamos se o motivo da associação estar procurando o Diretor Geral Aroldo Amorim seria porque a diretoria daqui estivesse agindo de má fé com eles e o presidente respondeu: "Eu não posso dizer que sim nem que não, porque a empresa nós não sabemos realmente o quê que está acontecendo, porque essa crise dentro da empresa, já que a corrente dela, a frango americano voltou a alojar normal, tá com pagamentos em dias, e no Brasil atividade está se normalizando, e nós não sabemos o porque que a planta aqui de Tocantinópolis não normalizou ainda. Então a resposta não cabe a mim, vai caber ao diretor financeiro no qual reuniu conosco a mais ou menos um mês e meio e ficou de nos dá uma resposta cabível e até agora nunca se manifestaram, por isso essa inquietação dos nossos associados". Disse Humberto.
Perguntamos ao presidente o que vai acontecer caso a Bonasa paralisasse, se eles iriam alojar com o concorrentes e Humberto disse: "Hoje nós deliberamos sobre esse assunto caso aconteça alguma coisa, nós temos que procurar outros meios, no qual a Associação juntamente com a Cooperativa Agrivita ela já está começando a fazer um estudo para caso a empresa não dê mais conta de tocar o negócio, nós não podemos deixar que esses aviários fiquem igual um elefante branco. Um investimento alto financiado pelo Banco da Amazônia no qual todas essas propriedades estão hipotecadas, então é uma irresponsabilidade muito grande de nós como presidente da associação e como o Edson Negreiro presidente da Agrivita que é a nossa cooperativa. Então nós já estamos buscando parcerias com o Sebrae, com o Ministério da Agricultura, nós estamos buscando solução caso aconteça o pior que nós não queremos, que é o fechamento desse abatedouro e o fechamento da Integração". Finalizou Humberto Saraiva. (Assista no Final da Reportagem a Entrevista na Integra)
Entramos em contato com um representante da Bonasa Alimentos para saber se a empresa poderia se manifestar e nos foi respondido que eles ainda não teriam sido notificados pela associação.
