Devido a repercussão e os desdobramentos que a Operação “Carne Fraca”, da Polícia Federal, tem tido por todo país e a fim de resguardar o Tocantins de possíveis sansões, o deputado Jaime Café (DEM) apresentou requerimento na sessão desta terça (21), solicitando do Governo do Estado que sejam divulgadas as ações de controle e fiscalização realizadas pelos órgãos competentes nos frigoríficos do Estado.
O parlamentar destacou a importância do trabalho da Polícia Federal de trazer à luz situações como as apontadas nas investigações mas também advertiu sobre a necessidade de se particularizar esses gargalos, de forma que as matrizes eficazes de produção de carne, que são quase a totalidade, não sejam prejudicadas.
“Quando se tem no Brasil uma situação como esta, o Tocantins tende a ser fatalmente atingido com sansões que vêm dos mercados que foram tão difíceis para serem conquistados”, ponderou. Conforme Café, o Tocantins tem na carne a base da sua economia, já que este item é o segundo maior na pauta de exportações do Estado.
Segundo Café, a indústria da carne afeta toda cadeia produtiva do Estado, já que a economia gira em torno da agropecuária. Por isso, vários setores de produção ficam prejudicados, como o pequeno produtor que vende o gado ao pecuarista para recria e engorda, o produtor de milho, que vende para as indústrias de integração, chegando à produção em larga escala.
Comentando a respeito da campanha publicitária do Governo do Estado que diz que vai tudo bem na saúde e na infraestrutura do Tocantins, o parlamentar sugeriu que o Governo mostre a seriedade com que a inspeção sanitária é feita. “O que está certo no Estado, e sobre o isso o Governo do Tocantins pode fazer propaganda de verdade, é a nossa estrutura de defesa”, afirmou Café, destacando o trabalho na base, dos técnicos da defesa agropecuária do Estado, garantindo que produtos de origem animal e vegetal tenham a certificação adequada para chegarem nas indústrias. O parlamentar lembrou que há um termo de cooperação técnica do Governo do Estado com o Ministério da Agricultura que mantém 36 profissionais em setores estratégicos de fiscalização, com um investimento anual de mais de R$ 1,5 milhões de reais.
“É necessário que o Governo mostre o que está acontecendo de verdade; há um cuidado muito grande, que envolve seriedade, investimento e infraestrutura para atender o mercado local e externo e eu confio plenamente nesse trabalho”, ponderou, desejando ainda que operação não traga o prejuízo que se imagina para o Brasil como também para o Tocantins.
