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Defensoria Participa de Programação do Projeto Maturidade e Justiça da UMA

Data do post: 20/04/2017 17:35:53 - Visualizações: (847)

Violência física, patrimonial, econômica, psicológica e sexual são os tipos mais comuns de violência contra o idoso. Para prevenir as mais diversas causas de violência contra o idoso e também alertar esse público sobre os seus direitos e como denunciar, a defensora pública Vanda Sueli Machado ministrou palestra e participou de roda de conversa, na tarde de quarta-feira, 19, para alunos da UMA – Universidade da Maturidade, no campus de Palmas da Universidade Federal do Tocantins. 

Defensoria Pública-TOA atividade integra a programação do “Maturidade e Justiça”, que traz ciclo de palestras com foco no acesso do idoso à Justiça.

Na palestra, a Defensora Pública apresentou os tipos de violência, falou sobre os principais cuidados, os direitos, a atuação da Defensoria Pública e tirou dúvidas dos idosos. Muitos alunos demonstraram a necessidade de atendimento jurídico pela Defensoria Pública e, para isso, haverá um atendimento especializado para eles no dia 3 de maio, onde farão também visita institucional à DPE-TO.

Violência

Conforme dados do Disque Denúncia (Disque 100), em média, de violação dos direitos dos idosos, a maior parte (39%) é por omissão de cuidados em geral, dos próprios familiares. Em seguida, estão registros de violência psicológica (26,1%), abuso financeiro (20%) e violência física (13,8%). “Poucos idosos ganham acima de um salário mínimo, então a maioria dos idosos no Brasil vive com uma renda econômica onde passam necessidade. Eles precisam de remédios, precisam de cuidados redobrados e a renda nunca é suficiente. Mas infelizmente há casos onde a própria família furta esse idoso, ele sofre maus tratos e não tem acesso sequer a essa renda mínima”, alerta a Defensora Pública.

Defensoria Pública-TODe acordo com Vanda Sueli, o Tocantins tem se destacado não só quando se fala da violência contra o idoso, mas também de violência contra a mulher. “E a situação é ainda mais preocupante quando detectamos que as mulheres idosas são as maiores vítimas da agressão”, complementa. Segundo ela, são diversas as formas de violência contra o idoso, mas os principais casos envolvem a violência patrimonial ou econômica e até a violência sexual, provocadas pelos próprios familiares. “São violências praticadas, em regra, pelos filhos e até companheiros. Quando se trata das mulheres, a violência física tem superado a violência psicológica”, explica.

Há casos, inclusive, em que a violência e maus-tratos levam até ao homicídio. De acordo com o mestre em Gerontologia e vice-coordenador da UMA, Luis Sinésio Neto, Palmas é a segunda capital no País com o maior índice de violência física contra o idoso com evolução para óbito. “Respeitar, proteger e denunciar casos de violação dos seus direitos humanos é a melhor forma de lutar contra o crescimento desses índices”, disse o vice-coordenador, durante a programação. 

Denúncia

Defensoria Pública-TOA Defensora Pública falou ainda sobre a importância de denunciar todas as formas de violência. “Assim como a denúncia contra a mulher, a pessoa idosa não precisa se identificar. Existe o Disque 100, a Delegacia do Idoso, a Delegacia da Mulher, a Defensoria Pública, então a única coisa que não pode acontecer é não denunciar”, incentiva Vanda Sueli. Segundo a Defensora Pública, há muito medo por parte dos idosos de denunciar. “Geralmente ele está sob os cuidados de uma única pessoa, então eles pensam que, se denunciarem, vão ficar sozinhos. Ou existem casos onde a violência acontece até mesmo nos abrigos, ou seja, o idoso não tem o amparo da família e nem da instituição que o acolhe”, denuncia.

Defensoria

Além do atendimento jurídico individualizado, as demandas coletivas dos idosos são atendidas na Instituição pelos NUAmac’s - Núcleos Aplicados das Minorias e Ações Coletivas, disponíveis nas regionais de  Araguaína, Dianópolis, Gurupi e Palmas. Há acompanhamento e apoio social também da equipe multidisciplinar, onde o idoso recebe atendimento de profissionais como assistente social e psicólogo.

Fonte: Defensoria Pública-TO