Em homenagem ao Mês das Mães, a regional da Defensoria Pública do Tocantins em Gurupi realizou mais uma edição do projeto “Os Primeiros Anos de Vida e a Saúde Mental”. Desta vez, o encontro foi realizado com grávidas e puérperas do município, na quinta-feira, 10 de maio.
A atividade foi coordenada pelo defensor público Leandro Gundim, coordenador do NUAmac Gurupi – Núcleo Aplicado da Minoria e Ação Coletiva de Gurupi.
De acordo com a psicóloga Isabel Cristina Izzo da Defensoria Pública em Gurupi, a formação do grupo tem possibilitado que mulheres grávidas e as que estão em fase puerperal troquem informações sobre suas experiências com a maternidade, recebam informações acerca dos cuidados com os filhos em suas diferentes fases e tragam dúvidas relacionadas a outros temas. Na ocasião, uma equipe de psicologia e assistência social participou de rodas de conversas, ouvindo as queixas trazidas pelas participantes na busca de possíveis soluções ou o encaminhamento para a Rede de Apoio para que as demandas sejam atendidas.
“O principal foco do projeto, que se iniciou no último mês de abril, é enfatizar a importância do holding, conceito psicanalítico criado por Donald Winnicott, que compreende que o bebê necessita ter suas necessidades sanadas pela mãe nos primeiros meses de vida”, explica a psicóloga. Segundo ela, nos primeiros meses a mãe “suficientemente boa” é aquela que consegue perceber as necessidades de seu bebê e se torna facilitadora de seu desenvolvimento.
“Com o desenvolvimento do bebê, precisa ser incentivado em sua autonomia, inserido em ambiente seguro que lhe dê amparo e sustentação, para que possa ir organizando sua psique para lidar com as inevitáveis frustrações que acompanham o desenvolvimento. O intuito é fortalecer os laços afetivos culminando em evolução psicossocial saudável”, conclui.
Projeto
A primeira edição do projeto “Os Primeiros Anos de Vida e a Saúde Mental” aconteceu no mês de abril e um dos temas elencados foi relativo à Violência Doméstica, onde o Defensor Público discorreu para as oito participantes, acerca dos tipos de violência praticados contra as mulheres. “A luta para diminuir a violência contra as mulheres é mundial. O trabalho preventivo, orientando as mulheres com relação à Lei Maria da Penha é importante para que as mesmas tenham noção e conhecimento de seus direitos", conclui.