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Defensoria Quer Acompanhar Reforma Atrasada de Hospital em Tocantinópolis

Data do post: 16/05/2017 17:37:43 - Visualizações: (2459)

A obra está atrasada há quase dois meses, já que a previsão de entrega seria 20 de março. 

Defensoria Pública-TOUma vistoria no Hospital Municipal José Sabóia de Sousa Lima, em Tocantinópolis, no último dia 11, verificou que a reforma está com as obras paralisadas em razão de entraves na licitação, fato este que acaba por diminuir a quantidade e qualidade do atendimento da unidade, com oferta de 12 leitos atualmente, quando antes disponibilizava 35. A vistoria foi realizada pelo defensor público Magnus Kelly Lourenço de Medeiros e a assistente Social Izabel Sabóya, acompanhados do coordenador de enfermagem André Cruz Morais da Silva.

Segundo a Diretoria Administrativa do hospital, a reforma teve início em outubro de 2016, sendo que a obra está atrasada há quase dois meses, já que a previsão de entrega seria 20 de março – o prédio onde funciona o hospital é uma construção de mais de 30 anos. “O Hospital encontra-se funcionando de forma precária, visto que o prédio é antigo e não houve a devida manutenção em sua estrutura física. Não existe praticamente sistema de ar-condicionado funcionando em qualquer das salas de internação, sendo que os pacientes refrescam-se do intenso calor exclusivamente com ventiladores de mesa”, relatou o Defensor Público Magnus Kelly.

A DPE-TO solicitará ao gestor municipal, bem como ao secretário de Saúde, que prestem esclarecimentos quanto aos pontos falhos apontados na vistoria em relação à licitação da reforma do hospital, andamento do concurso público na área da saúde e número de profissionais atuantes na rede municipal de saúde, bem como estruturas de saúde e medicamentos disponíveis, para esclarecimentos dos pontos insatisfatórios no diagnóstico realizado.

Defensoria Pública-TOInsatisfatório

Na vistoria, foi relatado que somente cirurgias eletivas são realizadas e apenas duas vezes por mês, o que obriga a população a deslocar-se para cidades vizinhas como Augustinópolis e Araguaína. Segundo informações repassadas, a equipe de saúde atende cerca de 80% da demanda existente, ou seja, não totalmente suficiente. Segundo informado, no hospital trabalham cerca de 40 profissionais de saúde entre enfermeiros, técnicos de enfermagem e um médico cirurgião que realiza cirurgias eletivas duas vezes por mês. Os demais médicos contratados pelo município atuam nos postos de saúde existentes na localidade.

Sobre os equipamentos de diagnóstico da unidade, observou-se que não existe equipamento de ultrassonografia fixo, sendo que foi informado que um equipamento móvel é trazido pelo próprio médico contratado. Também existe um equipamento de raio-X, que, todavia, não possui processamento de fotos automático, sendo as fotos reveladas manualmente. Quanto aos exames laboratoriais, são realizados atualmente exames básicos como hemograma e urina; já exames de sorologia, tais como, hepatite, HIV, ferritina, hepatite e outros são realizados por laboratórios contratados, que no momento encontram-se suspensos, aguardando a finalização de procedimento licitatório.

Defensoria Pública-TOA respeito dos equipamentos móveis de uso contínuo dos servidores públicos e do público em geral, observa-se as seguintes deficiências: bancos de madeira sem acolchoamento, lixeiras sem tampa, toldos rasgados e vários materiais deteriorados, como macas.

A equipe da Defensoria demonstrou preocupação com a contaminação da rouparia, que é colocada para secar ao tempo em varais, e a contaminação do lençol freático, ocasionado pelo uso de fossas para o descarte de produtos humanos, como vísceras, cobrindo-se apenas com cal virgem. Já o lixo hospitalar é dispensado em depósito próprio e coletado pelo menos duas vezes por semana, por veículo específico da Prefeitura, ou seja, não é o mesmo que realiza a coleta do lixo comum.

Estrutura

Anexo à unidade hospitalar, funcionam um posto de saúde, laboratório de análises clínicas e diretoria administrativa. O Hospital dispõe ainda de um centro obstétrico subsidiado pela “Rede Cegonha”. Já os atendimentos de urgência e emergência no município, são encaminhados a uma UPA – Unidade de Pronto Atendimento, que funciona há seis meses.

Fonte: Defensoria Pública-TO