O juiz Wellington Magalhães titular da Comarca de Cristalândia, juntamente com os integrantes da etnia Ãwa, participaram do cine-debate, na quinta-feira (18/5), no Espaço Cultural de Palmas.
O documentário exibido “Taego Ãwa”, retrata a história do desterro ao qual foi exposto o povo Tupi que resistiu à colonização do Brasil Central.
Dirigido por Henrique Borela e Marcela Borela, o longa-metragem contrapõe o processo de desterro do grupo Avá-Canoeiro do Araguaia no início dos anos 1970. O documentário foi exibido em vários festivais brasileiros, entre eles, o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental de Goiás (FICA) e o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
De acordo com o magistrado, debater sobre a cultura e os direitos dos indígenas é válido e necessário. “Ao assumir a Comarca de Cristalândia, no final de 2014, uma das primeiras ações desenvolvidas foi buscar o diálogo com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e as comunidades indígenas da Ilha do Bananal. O fruto desse diálogo foi a conquista do respeito mútuo e a efetivação dos direitos e garantias fundamentais do cidadão brasileiro, entre os quais nossos ancestrais: os índios”, frisou.
Numa sentença proferida pelo juiz em janeiro deste ano foi deferido o pedido do Edilson Kawina Javae e retificado o registro público para inclusão como patronímico nome de etnia indígena, assim como a inclusão da étnica Ãwa do requerente, nascido no município da Lagoa da Confusão. O magistrado deferiu o pedido de assistência jurídica gratuita e determinou nova certidão devidamente retificada.