Após uma temporada de 31 dias nos Estados Unidos, servidores do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), retornam ao Estado. O engenheiro agrônomo, Gilberto Iris de Oliveira e a bióloga Angélica Beatriz Corrêa Gonçalves, ambos, inspetores de Recursos Naturais do Instituto, retornaram as atividades no Naturatins na última semana.
Atualmente estão repassando aos respectivos departamentos de trabalho, o aprendizado adquirido na Universidade Estadual do Colorado (CSU – Colorado State University), onde participaram da capacitação sobre o Manejo de Áreas Protegidas.
A capacitação/intercâmbio é uma atividade contemplada no Plano de Aquisição do Naturatins, no âmbito do Projeto de Desenvolvimento Integrado Sustentável (Pdris), que prevê a capacitação e treinamento, incluindo cursos de pós-graduação, aperfeiçoamento e atualização de cursos para servidores no Brasil e no exterior. Os recursos relativos à participação dos técnicos foram provenientes de empréstimo do Banco Mundial, ao estado do Tocantins, por meio do Pdris.
O Curso abordou diferentes temáticas como, Sistemas e Governança, Planejamento Participativo, Financiamento, Comunicação, Uso público, Pesquisa, Monitoramento e Manejo de Recursos Naturais e Temas Transversais.
Segundo a bióloga Angélica Beatriz, todo o aprendizado é relevante. Em síntese ela registrou que a experiência mais significativa do ponto de vista da gestão, é a capacidade desenvolvida pelo Serviço Florestal Americano e Serviço de Parques Nacionais de promoção/divulgação dos objetivos das áreas protegidas, capaz de envolver a sociedade nas decisões, apoio e participação na rotina das atividades nas áreas protegidas.
“Existe uma mobilização intensa e atenta da sociedade em torno de questões pontuais das áreas protegidas, como por exemplo, uma ação que está em discussão no Congresso Nacional sobre o uso do céu do National Park Rock Mountain, por meio da qual uma rota de linha aérea poderá ser alterada para evitar interferência sonora durante a noite, quando usuários desse parque acampam no local”, contou.
A bióloga explicou ainda que estes visitantes esperam ter uma experiência onde somente os sons noturnos da natureza sejam ouvidos. Esta ação partiu de uma iniciativa da própria sociedade, relatou.
Na visão da profissional, outra questão importante é a capacidade adquirida de identidade visual e profissional dos guarda-parques que atuam nas áreas protegidas. “São profissionais respeitados pela sociedade por sua atuação comprometida e educativa, junto aos visitantes dos parques e reservas. Acredito que experiências como estas inspiram ações e iniciativas positivas e possíveis de serem replicadas no Tocantins”, concluiu.
Experiência
“A troca de experiência com os outros participantes da América do Sul e América Central, foi fundamental. Eles estão totalmente envolvidos com o que fazem, porque dão muita importância as Áreas Protegidas, com as quais trabalham que podem ser muito conhecidas ou desconhecidas do público ou da mídia”, destacou o engenheiro agrônomo, Gilberto Oliveira.
O profissional ressaltou que obteve um importante conhecimento. Para ele o que mais lhe chamou a atenção durante a capacitação foi à sensibilização que a população tem em relação ao meio ambiente. “Observamos que isso ocorre de certa forma com frequência. Entre os motivos está o envolvimento das equipes no trabalho, já que estão permanentemente no Parque”, frisou.
Captação de recursos
Gilberto Oliveira reforçou que o curso foi relevante e citou que o trabalho em equipe, a logística, as temáticas abordadas, como conteúdos voltados para as Áreas Protegidas. Além de assuntos ligados a liderança, captação de recursos, melhorias ao meio ambiente, foram fundamentais para o aprendizado.
“Houve momentos quando em uma aula de campo, tivemos a oportunidade de ficarmos apenas ouvindo os sons. Ocasião que conseguimos vivenciar plenamente a natureza” revelou.
O engenheiro agrônomo destacou que irá repassar os conhecimentos que adquiriu para os colegas do Tocantins. E disse também que foi sinalizado sobre a possibilidade da referida capacitação beneficiar instituições no Brasil. “Durante o curso nos Estados Unidos tivemos as primeiras conversas para que ocorra uma parceria neste sentido, para que o Tocantins receba esta relevante capacitação”, argumentou.
