“Acreditar em um projeto conjunto é ter a certeza que a semente foi plantada. Correr atrás desse projeto é a garantia de que muita boa coisa boa irá acontecer”, assim, disse Salete Sousa Sales, pioneira da Cooperativa de Confecção de Artefatos Têxteis Passo Firme Ltda (Coopfirme), localizada no bairro Parque Genibaú, em Fortaleza (CE).
Fundada há 11 anos por um grupo de 21 mulheres da periferia da Capital cearense, a Cooperfirme nasceu com o propósito de dar autonomia financeira a algumas mulheres que não conseguiam encontrar emprego, e hoje é referência de prática solidária bem-sucedida na Capital cearense.
Focadas em um propósito único e explorando as habilidades de cada uma, o grupo apostou nos artigos femininos como crochê, tapeçaria, fuxico, pintura, bordado, bijuteria, ponto de cruz, macramê, confecção em geral, bonecas, bolsas, produtos de cama, mesa e banho, entre outros, para alavancar a geração de renda entre elas.
“É na visita in loco, conversando com as artesãs que nós, enquanto Estado poderemos potencializar as nossas ações. Queremos explorar todas essas experiências e fazer com que nossa comitiva tire daqui o máximo possível de práticas de boas maneiras para pô-las na ativa quando voltarmos ao Tocantins”, reforçou a secretária do Trabalho e Assistência Social (Setas), Patrícia do Amaral.
A experiência de sucesso da Coopfirme foi motivo para uma roda de conversa na tarde desta terça-feira, 12, na sede da Associação, que teve como objetivo repassar aos representantes das 17 cidades contempladas pelo Ecosol, como a Cooperfime tem si mantida após uma década, e as estratégias que usam para continuar expandindo e inovando.
“Dividimos as nossas habilidades de várias formas. Destinamos por exemplo, uma pessoa para cuidar da parte comercial; uma outra para buscar parcerias e espaços para expormos os nosso produtos”, informou, Salete Sousa.
Experiência
As experiências trocadas entre Cooperfirme e equipe tocantinense têm mantido a esperança dos representantes do Estado principalmente na variedade de produtos. “A nossa associação é uma caçulinha. Já confeccionamos mesas de pneus, fazemos outros tipos de reciclagem e temos no Capim Dourado a nossa principal força”, disse Rosineide dos Santos, de Rio da Conceição, acrescentando que a roda de discussões tem proporcionado novas perspectivas para o município, como “explorar o design de sandálias, aproveitando que a nossa cidade é turística”.
Na Cooperfirme, os visitantes conheceram ainda a parte de costura. No momento, as costureiras estão se dedicando à confecção de bolsas de verão. Elas são feitas de banners que seriam jogados no lixo. Além de dar uma ajuda a natureza, elas ainda tiram uma renda considerável das mesmas. “Os valores são a partir de R$12,00, e sempre temos encomendas para outros tamanhos e ainda para vender em feiras e espaços públicos”, pontuou, Ester Fernandes, cooperada.
Coopfirme
A COOPFIRME corresponde a atividade econômica dos(as) cooperados(as) com ênfase na produção de artefatos têxteis, produtos artesanais e materiais recicláveis. Produz roupas masculinas e femininas em linhagem, malha e bolsas em geral.
