Moradora da comunidade Escola Brasil, em Porto Nacional, *Adriana – nome fictício, aos 22 anos de idade já vivia em situação de extrema pobreza e vulnerabilidade social ao lado do companheiro, de 28 anos, e também dos quatro filhos pequenos.
Com pouca escolaridade e nenhum documento pessoal, o casal estava desempregado e as crianças não frequentavam a escola. A família foi identificada pelo sistema de busca ativa da equipe do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), que permite a ida dos profissionais ao encontro de pessoas como o casal citado. O busca Ativa que capacitação, por meio da Secretaria do Trabalho e Assistência Social (Setas).
Todas as seis pessoas foram amparadas pelo serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF), cujo objetivo principal é fortalecer a função protetiva do seio familiar e promover acesso aos direitos, melhorando a qualidade de vida dos cidadãos. Com o auxilio da equipe do CRAS, eles obtiveram os documentos pessoais e também o acesso aos serviços da assistência social, com visitas constantes da equipe técnica e aconselhamentos.
A família de *Adriana foi inserida no Cadastro Único, com direito aos benefícios do Programa Bolsa Família (PBF) e da Tarifa Social de Energia Elétrica, entre outros; e o resgate dos vínculos familiares no lar dela, impulsionou avanços na educação das crianças e mãe, que voltaram a frequentar a escola.
Essa família, citada na matéria, é apenas um exemplo de milhares de outras que têm se beneficiado com as políticas públicas de assistência social, desenvolvidas pela Setas, por meio do PAIF. “O Governo do Estado possibilita a inclusão social, proteção às famílias, aos indivíduos e grupos em situação vulnerável, e nossas equipes orientam os profissionais dos CRAS a buscarem essas pessoas que se encontram socialmente vulneráveis”, explicou a secretária, Patrícia do Amaral.
Dados da Setas apontam que no ano de 2016, um total de 71.343 famílias foram acompanhadas pelo PAIF. Os números mostram que a proposta de resgatar esses laços familiares têm sido positivos. Outro reforço nesse sentido está dentro do objetivo do Programa Criança Feliz, que em breve acompanhará mãe e criança ainda no período de gestação, o que fortalecerá ainda mais os laços e vínculos afetivos.
No que concerne ao PAIF, a Secretária acrescentou que a Setas capacita, acompanha e monitora a forma como os serviços nos municípios estão sendo ofertados para a população tocantinense, dando às equipes o apoio e as orientações necessárias. “A Setas não fiscaliza, mas acompanha, orienta e apoia”, disse.
CRAS
Parte desses serviços que são orientados pela Setas é desenvolvida nos CRAS, considerado a porta de entrada da assistência social. Para além do PAIF, as pessoas encontram neles, o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), orientação sobre os benefícios sociais, e inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal.
CRAS em Porto Nacional
Com cerca de 50 mil habitantes, Porto Nacional, a 60km de Palmas conta com dois CRAS que atendem e acompanham cerca de 400 famílias, embora tenham capacidade para atender até três mil e 500.
Bruno Ricardo Carvalho Pires, diretor do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), em Porto Nacional, disse que, “os serviços ofertados na cidade são bastante diversos, podendo ser um atendimento somente para orientação ou até casos em que se faz urgente um acompanhamento familiar. Nossa equipe está bastante capacitada para prestar esses e os demais serviços ofertados pelo CRAS”.
As equipes técnicas de cada unidade do CRAS em Porto Nacional estão compostas por coordenador, dois assistentes sociais, psicólogo, e três técnicos de nível médio, digitadores, merendeiras, vigias, orientadores e facilitadores sociais; além de colaboradores para atividades complementares como, karatê e zumba.
