Em rodada de entrevistas, novas instalações de delegacias, ampliação do quadro de servidores e resultados positivos da “Operação PC 27” são abordados.
A publicação do relatório "O Ministério Público e o Controle Externo da Atividade Policial”, nesta segunda, 18, pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que traça perfil das policiais federal e civil em todo o país, motivou rodada de entrevistas com o Delegado Geral da Policia Civil, Claudemir Luiz Ferreira, demandada por veículos de imprensa do Estado.
Fundado em visitações a unidades administrativas e pareceres dos ministérios públicos estaduais, no segundo semestre de 2016, o levantamento indicou precariedade de instalações e insuficiência de servidores atuando nas delegacias de polícia brasileiras.
Para o Tocantins, o diagnóstico do ano anterior realçou os avanços da Secretaria de Estado da Segurança Pública em infraestrutura e recursos humanos nas delegacias de polícia, tornando mais célere, eficaz e humano o atendimento ao cidadão. “Em 2017, 08 novas delegacias de polícia civil foram criadas e mais 26 receberam novas instalações, com expectativa em 2018 de cerca de 30 inaugurações de unidades policiais em todo o Estado”, destacou o Delegado Geral em entrevista para radiojornal local.
Quanto ao quadro de servidores, “334 policiais aprovados em concurso foram nomeados, entre 84 delegados, 113 escrivães, 44 agentes, 40 peritos, 13 médicos legistas, 26 agentes de necrotomia e 14 papiloscopistas, com expectativa de novas convocações depois do pedido publico do Secretario ser acatado pelo governador em recente cerimonia em uma de nossas unidades policiais”, continuou o Delegado Geral.
Em entrevista a jornal impresso de grande alcance na região, por sua vez, além dos dados anteriores, foram ressaltadas as melhorias estruturais nas delegacias de polícia implementadas no ano, com a substituição de mobiliários, instalação de ares condicionados e novos equipamentos de informática, além de padronização da identidade visual.
Questionado sobre a inexistência de celas em cada uma das delegacias de policia do Estado, Claudemir Luiz Ferreira disse “ser propósito da Secretaria de Estado da Segurança Pública eliminar a figura da carceragem das unidades policiais locais, tendo em vista que todo e qualquer indivíduo conduzido em situação de flagrância até a delegacia, permanecerá no recinto apenas até a conclusão da lavratura do respectivo auto de prisão, sendo imediatamente encaminhado ao sistema penitenciário, logo após sua submissão a exame pericial no Instituto Médico Legal”.
Ao final da entrevista radiofônica, a entrevistadora destacou, ainda, o grande número de mandados de prisão efetuados pela Polícia Civil nas últimas semanas, pontuando o Delegado Geral sobre os importantes resultados da “Operação PC 27, que, deflagrada pela Polícia Civil em todas as unidades da Federação, cumpriu mais de 2.300 mandados de prisão no Brasil e cerca de 99 no Tocantins”, frisou.
Relembre a “Operação PC 27”
Intitulada “PC 27” como menção a ação conjunta das policiais civis em todas as 27 unidades da federação, representou ela uma iniciativa do Conselho Nacional de Chefes de Polícia Civil (CONCPC), objetivando dar cumprimento a vários mandados de prisão em desfavor de suspeitos da pratica de delitos os mais variados e de execução de mandados de busca e apreensão em locais previamente mapeados pela Polícia Civil.
Somente na Capital, a equipe da Delegacia de Policia Interestadual e Captura – POLINTER, sob o comando da delegada titular, Suraia Carvalho Vilela, nos dias 14 e 15 de dezembro, efetivou a prisão de 19 pessoas, com apoio de policiais integrantes das Delegacias Especializadas em Investigações Criminais – DEIC e na Repressão aos Crimes Contra o Consumidor e a Economia Popular (DERCCON) e das 2ª e 5ª Delegacias de Polícia Civil de Palmas.
Em menos de 48h, foram cumpridos 06 mandados de prisão pela pratica de crimes de tráfico de entorpecentes, 01 de lesão corporal em situação de violência domestica e familiar contra a mulher, 02 de furto qualificado, 01 de homicídio qualificado, 01 de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e 01 de lesão corporal de natureza gravíssima, todos oriundos de procedimentos afetos à 4ª Delegacia de Policia Civil de Palmas.
Além deles, efetuou-se a prisão de dois indivíduos em face de execução de alimentos, referente a mandados expedidos na 2ª Vara de Família e Sucessões da Comarca de Palmas, 02 prisões pela pratica de delito de roubo qualificado atinente a mandados da 3º Vara Criminal da Capital e da 1º Vara Criminal de Paraíso-TO, 01 pelo cometimento do crime de estupro, em cumprimento de mandado expedido pela 1ª Vara Criminal de Porto Nacional, bem como se cumpriram mandados de prisão expedidos pela 5º Vara Criminal de Arapiraca-AL (homicídio qualificado), pela Comarca de Nossa Senhora das Dores-SE (homicídio qualificado) e pela Comarca de Rancharia-SP.
Além das ações da Polinter na Capital, a Operação foi realizada pelas delegacias regionais de polícia civil no interior do Estado, mobilizando cerca de 400 policiais civil, e dependeu de trabalho de inteligência, integração e troca de informações entre as policiais em todo o país para sua operacionalização naquelas datas.
