Moradora do Povoado Ribeirão Grande Pedro Bento, M. S. G. A., de 35 anos foi agredida a murros e golpes de capacete na ultima sexta feira (09), quando desceu de um ônibus coletivo em Tocantinópolis na intenção de ir trabalhar.
A agressão aconteceu na Rua da Cachoeirinha, nas proximidades da Feira Livre da cidade, e segundo a vítima, o agressor é um ex-companheiro seu de nome Raimundo Nonato Alves Bezerra de 35 anos, morador da Rua Colômbia no Setor Vila Matilde, que inconformado com o fim do relacionamento que durou dois anos e gerou uma filha, passou a bater de forma gratuita e sem aviso prévio a sua ex-amasiada.
Segundo M. S. G. A., que contou tudo em uma entrevista concedida ao Portal Tocnoticias, esta seria a segunda vez que as agressões acontecem depois que se separaram. A primeira ocorreu a cerca de 15 dias quando ela teve que levar a filha que eles tem de um ano e sete meses na casa do acusado para passar o dia com ele e a avó materna, já que os pais e os familiares da vítima não aceitam a presença dele nas proximidades da residência dela que mora ao lado dos pais.
A agredida relatou em um boletim de ocorrências feito na Delegacia Especializada da Mulher, Criança e do Adolescente que estão separados a cerca de dois anos e que a dois meses Raimundo vem sendo agressivo e ignorante com ela, sempre lhe deferindo palavrões e ameaças afirmando que vai matá-la junto com a criança, e que no dia que ela foi levar a filha para ele ver, ao chegar na casa do agressor este lhe tomou o celular e quebrou jogando na parede, passando a lhe aplicar chutes e tapas no rosto, neste dia M. S. G. A., disse que foi salva da fúria de Raimundim graças a intervenção da própria mãe dele que interviu. Na ocasião a vítima não quis representar, e que por pagamento voltou a sofrer agressões do ex, desta vez no meio da rua.
M. S. G. A., contou que havia acabado de chegar em Tocantinópolis vinda do Povoado para trabalhar, e quando desceu do ônibus coletivo foi interceptada por Raimundo que chegou em uma motocicleta Honda Pop que estava sendo pilotada por outra pessoa. "Na sexta feira eu fui trabalhar, e quando desci, me deparei com ele atrás do ônibus numa moto, ele já foi me puxando pelo braço falando que não era pra mim tentar fazer nada que ele só queria conversar comigo, e eu perguntei o que ele queria, e ele perguntou porque que eu não atendia as ligações dele, sabendo que ele tinha quebrado um celular meu anteriormente". Relatou a vítima que disse ter falado pra ele que não tinha mais celular que estaria usando um emprestado, quando ele agarrou no seu braço com força puxando. "Com medo eu falei, 'pois fala moço', e ele disse 'eu quero falar contigo, porque você não me atende?' Eu não tenho nada pra falar com você, você me larga de mão, aí ele falou: 'Seu celular tá dentro da bolsa eu quero ver seu celular', e eu: 'moço eu não tenho celular o que eu tenho aqui é emprestado', aí ele foi e me puxou e quando ele foi puxar minha bolsa eu caí no chão, quando eu caí no chão ele já foi me agredindo com capacete e com tapa na minha cara que cortou bem na minha testa que pegou três pontos". Contou assombrada a ofendida.
Para tentar se salvar a vítima disse que gritou socorro a uma tia dela que mora perto do local da agressão e que esta foi até o local conhecendo que era a sua sobrinha, e como juntou várias pessoas o agressor saiu correndo em direção a feira tomando rumo ignorado. A polícia foi acionada chegando rapidamente mais não conseguiram encontrar mais o batedor de mulher. M. S. G. A., foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), e depois de receber atendimento médico foi encaminhada para a delegacia da mulher onde foi confeccionado um Boletim de Ocorrências baseado na Lei Maria da Penha por ameaça e lesão corporal dolosa.
A vítima falou que quando estava na delegacia Raimundo não parava de ligar no celular que ela estava usando dizendo que tinha uns vídeos dela e que ela ficaria famosa na internet, e segundo M. S. G. A., esta conversa teria sido gravada pelo agente da lei que estava lhe atendendo.
Diante das circunstancias do ocorrido, o delegado Teofabio Alves Siqueira requereu a aplicação de medidas protetivas de urgência em desfavor do agressor. De posse das cópias da ocorrência M. S. G. A., foi deixada em casa no Povoado Ribeirão Grande Pedro Bento, porém, não satisfeito, Raimundo continuou com as ameaças ligando para o telefone da casa dos pais da vítima que fica ao lado da dela, colocando uma mulher que se apresentou com o nome de Márcia, que pedia a quem atendia o telefone para chamar pela vítima, e quando ela atendia o telefone a mulher repetia o que Raimundo ia falando ao lado sempre sorrindo, que tinha alguns vídeos dela e que iria espalhar na internet.
Na entrevista a vítima desabafou que está com muito medo, pois, ligou para a polícia relatando sobre as novas ameaças e esta lhe respondeu que só poderiam resolver depois do carnaval, e como Raimundim já tinha ido outra vez na casa dela escondido, ocasião que cortou uma rede que ficava na casa dos fundos, além de algumas roupas e também cortando o pneu da bicicleta do filho dela, M. S. G. A., disse temer por sua vida, já que precisa trabalhar pra sustentar os filhos mais tem medo de ir para a cidade e nunca mais voltar.
Pesquisando a vida pregressa do acusado, descobrimos que Raimundo Nonato Alves Bezerra tem um histórico de outras agressões, tendo como vítima uma outra ex-companheira sua, além de um vizinho que foi atacado por ele a golpes de murros, quando este entrava em casa. Este ultimo caso foi parar na justiça, no qual Raimundo foi condenado a fazer serviços comunitários em punição pela agressão ao vizinho.
Assista o apelo da vítima no vídeo abaixo: