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Problemas na Neurocirurgia do HGP Não Foram Resolvidos e Audiência Vai Discutir na Justiça a Situação

Data do post: 22/08/2018 18:15:39 - Visualizações: (639)

Cerca de 120 pacientes ainda aguardam na fila de espera por neurocirurgias no Hospital Geral de Palmas (HGP).

Defensoria Pública-TOVistorias, relatórios, ofícios, recomendações, ações judiciais, audiências conciliatórias, dentre diversas outras demandas judiciais e extrajudiciais foram provocadas pela Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) com o intuito de solucionar o problema. Contudo, a situação segue agravante, com suspensões de cirurgias principalmente por falta de equipamentos e leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Diante disso, uma audiência na Justiça está prevista para esta quinta-feira, 23, a fim de debater judicialmente o assunto.

Em audiência realizada em 30 de abril deste ano, a equipe da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) relatou que foi aberto, em caráter emergencial, com cotação a ser apresentada no prazo de 24 horas, processo para locação de equipamentos até a resolução da demanda, porém, após três meses, os equipamentos não foram comprados ou locados.

O Estado também assumiu, à época,  o compromisso em promover – no prazo de 180 dias – a estruturação do setor de neurocirurgia com a aquisição não só de microscópio e craniótomo, mas também de um neuronavegador, um aspirador ultrassônico, um sistema de endoscopia neurológica, sistema para biópsia estereotaxia, um aparelho de bipolar específico para neurocirurgia, kit de monitorização de pressão intra-craniana e materiais de realização de procedimentos endovasculares.

Enquanto isso, o problema se torna a cada dia mais agravante. No mês de fevereiro, a lista de espera contava com 50 pacientes. Agora, o número já saltou para 120. Faltam craniótomo, drill, imagens de raio-x e, como consequência da falta dos materiais, uma série de neurocirurgias marcadas são suspensas.

Em vistoria realizada no HGP há um mês, o coordenador do Núcleo Especializado em Defesa da Saúde (Nusa), defensor público Arthur Luiz Pádua Marques, verificou diversas omissões estatais que estão afetando diretamente a realização das cirurgias dos pacientes de neuro da unidade hospitalar.

Ação na Justiça

Em março de 2015, a DPE-TO e o Ministério Público Estadual (MPE) ingressaram com uma Ação Civil Pública requerendo que o Estado do Tocantins viabilizasse a realização dos procedimentos da neurocirurgia aos pacientes internados no HGP, com risco de agravamento do quadro clínico e óbito.

Há três anos o Estado reitera o descumprimento de ação judicial, que pede a regularização dos serviços da neurocirurgia. “O que a gente vê na gestão é sempre a resposta pronta de que está tudo bem, está sendo feito, mas há muito demora e os pacientes de neurocirurgia não podem esperar”, considera o Defensor Público.

Apesar das evidências comprovadas em relatórios das vistorias, a Secretaria alega que está tudo correto no setor de neurologia do HGP, invertendo toda a realidade constatada in loco pela DPE-TO.

Diante disso, o Nusa solicitou no final do mês de julho, inspeção judicial no centro cirúrgico da unidade hospitalar e na ala da neurocirurgia, com o intuito de fortalecer a prova e a segurança jurídica da ordem judicial que, há pelo menos três anos, vem sendo reiteradamente descumpridas.

Fonte: Defensoria Pública-TO