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Assédio Moral e Sexual no Corpo de Bombeiros é Tema de Seminário na OAB

Data do post: 01/11/2018 20:44:19 - Visualizações: (718)

Nesta quarta-feira, 31, foi realizado no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-TO) o I Seminário sobre a Saúde Mental dos Profissionais das Forças de Segurança do Estado do Tocantins, que teve como objetivo debater a temática e, assim, evitar novos casos de assédio moral e sexual dentro das corporações de segurança, além de reafirmar às vítimas que elas não estão sozinhas.

AMP-TOO evento foi organizado pela a Associação das Mulheres Policiais do Estado do Tocantins (AMP-TO) e contou com o auxílio da Federação das Associações de Praças Militares do Estado do Tocantins (Faspra-TO). O mesmo foi pensado após pesquisa realizada pela AMP revelar que 62% dos bombeiros militares, dentro de uma amostra de 183, já sofreram abuso moral ou sexual dentro da organização. A pesquisa foi realizada depois que as entidades receberam denúncias por parte dos militares.

O seminário, que contou com a presença de psiquiatras, advogados e representantes das instituições militares, foi aberto com vídeos depoimentos de vítimas de assédio. Em um dos vídeos, a vítima relata o desespero diário ao ver o próprio fardamento. “Cheguei ao ponto de olhar para farda e chorar, porque eu sabia que se eu fosse trabalhar eu iria encontrar aquela pessoa”, relatou.

Carlos Prestes, médico psiquiatra e professor, reforçou que o conceito de saúde, segundo a Organização Mundial da Saúde, é “um estado completo de bem-estar físico, mental e social” e, por isso, não há como pensar que o ser humano que sofre algum tipo de pressão psicológica tenha uma boa saúde, pois os sofrimentos mentais começam a dar sinais no físico também, como dores de cabeça, no corpo, picos de pressão, entre outros sintomas. Já o advogado, Robson Tibúrcio, afirmou que “a vítima tem mecanismos legais para denunciar esses crimes e é preciso encorajar quem passa por isso a tomar as devidas providências”.

A presidente da AMP-TO, Giovanna Nazareno, afirmou que as associações civis e militares estão disponíveis para ajudar no combate de todo tipo de assédio e demais ilegalidades. “Se você passa por isso, procure as associações, você não está só”, afirmou a presidente.

Durante o período da manhã, ainda na quarta-feira, a Faspra-TO, juntamente com a AMP-TO, realizou coletiva de imprensa para apresentar os dados levantados na pesquisa. Por ser uma violência que ocorre, na maioria das vezes, de maneira particular, sem que outras pessoas vejam, tendo ainda a vítima medo de relatar por receio de represálias, a pesquisa foi uma maneira de dar voz a essas vítimas.

Fonte: AMP-TO