Grupo se reuniu pela segunda vez para conversar sobre a disputa eleitoral de 2020 no qual o foco principal é lançar uma candidatura única para enfrentar a oligarquia familiar que manda e desmanda na cidade há quase trinta anos.
Pela segunda vez neste segundo semestre do ano de 2019, o "ainda" pequeno grupo de oposição política ao regime familiar de gestão que comanda Tocantinópolis a quase três décadas, se reuniram para tratar de assuntos e estratégias visando a disputa eleitoral do ano que vem.
A reunião aconteceu na chácara do ex-vereador e vice-presidente da UVET (União dos Vereadores do Tocantins), Elson Ribeiro, que está responsável neste momento dentro do grupo, por negociar com os partidos para que todos possam se filiar, pelo menos no caso dos pré-candidatos a vereador todos estarão em uma mesma sigla partidária. A filiação de todos em um só partido se dará por causa da mudança na lei eleitoral que modificou o modelo de disputa pelo menos no quesito das coligações para as vagas na câmara.
Desde a primeira reunião que os opositores entraram num consenso que não poderão se dividir como aconteceu em 2016, quando foram lançados nada menos do que 03 outras candidaturas contra o da família que hoje comanda o município. A intenção é de que do grupo saia o candidato majoritário para a disputa ao palácio Alziro Gomes, sede do poder executivo em Tocantinópolis, os demais, se unirão dentro de um mesmo partido para concorrer as vagas na casa de leis, e uma pessoa da comunidade será convidada a compor a chapa majoritária como candidato a vice-prefeito.
Uma das novidades nessa nova conjuntura de oposição, é a não participação do ex-prefeito Eurivaldo Gomes, segundo colocado na eleição de 2016. Na primeira reunião feita pelo grupo, todos entraram em acordo de que a presença de uma pessoa tão próxima e ligada à família que comanda a cidade, fragilizaria o grupo, pois colocaria em cheque as intenções de se levantar uma bandeira de mudança política na cidade. Eurivaldo Gomes já foi prefeito de Tocantinópolis por um mandato, sucedendo o ex-prefeito José Bonifácio, e também já foi vice-prefeito por dois mandatos consecutivos durante a gestão do agora deputado estadual Fabion Gomes.
Participaram da reunião o Professor Ednaldo, o comunicador Roberlan Cokim, os vereadores Lamarck Pimentel, Márcio Kley e Francisco de Assis, o ex-vereador Elson Ribeiro, e o locutor e apresentador Fhayne Costa. Faltaram à reunião o suplente de vereador Enison Nunes que justificou sua ausência por estar trabalhando na mesma data, e o advogado Eduardo Queiroz que estava em viagem no mesmo período.
Perguntado de o porque está se unindo a este grupo, o locutor Fhayne Costa disse: "Meu sentimento é de alegria, um grande desafio iremos enfrentar, mais com esse grupo unido e ao lado do nosso povo que demonstra querer realmente um novo tipo de administração, tenho grande convicção que poderemos fazer muito e contribuir para a verdadeira mudança, e assim entregar o município para o povo Governar". Pontuou.
O professor Ednaldo que já foi candidato a prefeito na cidade disse que mudar é difícil mais pode ser possível. "Estamos empenhados em uma luta em busca de dias melhores para nosso município, por isso estamos nos encontrando para discutirmos projetos e estratégias para que possamos lograr êxito. Sabemos que isto é possível, difícil mais possível!". Exclamou o professor.
O vereador Márcio Kley que também já disputou numa chapa majoritária como candidato a vice-prefeito, fala em um rompimento no atraso ocorrido nas ultimas décadas. "A população vive uma expectativa de mudança. Tocantinópolis precisa romper o atraso das últimas décadas, quebrar a política familiar que suga os recursos públicos fazendo o povo sofrer sem esperança. Nossa missão será RESGATAR nossa querida Tocantinópolis. Vamos mudar para dias melhores, essa será nossa missão." Justificou o camarista.
O vereador Francisco de Assis que já se declarou publicamente com um dos pré-candidatos a prefeito, prega uma ruptura no atual sistema de governo no município. "Nossa cidade não tem mais condições estruturais e nem financeiras de manter essa família no poder. Ao povo pobre sobram as migalhas que eles deixam cair as vezes apenas em época de eleição. Empregos também só surgem nas proximidades das disputas eleitorais, e o povo é obrigado a aceitar essas migalhas pra não morrerem de fome. Temos centenas de famílias precisando de um teto e as construções que vimos são mansões com piscinas e belas casas em bairro nobres, pertencente a pessoas que fazem parte da panelinha, isso não tem mais condição de continuar como está". Desabafou o vereador.
O ex-vereador Elson Ribeiro disse almejar um novo modelo de gestão com a participação do povo nas decisões mais importantes do município. "Não se consegue administrar sozinho, é preciso acatar os anseios da população ouvindo o povo. Nossa agricultura está cada vez mais fragilizada por falta de apoio, não temos se quer uma lavoura ou roça comunitária em atividade no município. Empregos estão cada vez mais escassos por falta de incentivo fiscais para que empresas possam se interessar e investir aqui. Temos uma comunidade indígena enorme esquecida, abandonada, que só é lembrada em anos de eleição. Esse povo merece respeito e uma mão amiga, e é para dar esse apoio e o incentivo necessário que começamos essa caminhada com motivação, unidos rumo à um futuro mais promissor para Tocantinópolis, dando ao povo a chance de escolher o que eles realmente querem pro futuro." Perseverou Elson.
"O meu sentimento e o do grupo é reunir todas as forças políticas e as boas cabeças do nosso município no sentido de construir alternativas de desenvolvimento que possam trazer melhorias para o povo tocantinopolino, acredito que é possível avançarmos em muitas Políticas Públicas negligenciadas no atual modelo de gestão que há mais de 30 anos perdura em nossa cidade. Estaremos abertos ao dialogo amplo e franco rumo a uma cidade melhor para todos!" Ressaltou Lamarck Pimentel.
O comunicador Roberlan Cokim que já disputou duas eleições (2008 para vereador e 2016 para prefeito), sem obter êxito, falou em igualdade social. "A desigualdade social em Tocantinópolis está desproporcional ao tamanho do município. Temos pessoas passando fome e na maioria das vezes há uma certa inércia por parte do poder público. Quem tem fome tem pressa! Político não é pra ser bonzinho apenas em época de disputa eleitoral não. Sem oportunidade de emprego só resta aos necessitados pedir, porque pedir é melhor do que roubar. Temos jovens afundando junto com as suas famílias no mundo das drogas e ninguém faz praticamente nada, não estão completamente parados, porém, não estão fazendo o suficiente. Droga é um problema de saúde pública que acaba se tornando de segurança pública também. Não tenho nada contra quem está no poder, mais eles deveriam se preocupar mais com as pessoas e que não seja somente na época de eleição. Vejo muitos ganhando sua tão sonhada casa, mais me resta a dúvida de o porque aquele cidadão merecer e o seu vizinho que as vezes está em situação pior não mereça também? Por isso estou com a turma da mudança! Não vou estar de conluio com quem deixa nosso povo sofrer passando necessidade de maneira alguma, pelo contrário, vou lutar contra essa desigualdade social. Por isso não desisto, me envolvo na política porque um político quando quer mudar a situação de um povo ele consegue, basta que para isso, primeiro o povo queira essa mudança, se o povo não quiser, respeitarei o desejo do povo como sempre fiz e continuarei a minha luta do mesmo jeito". Explicou Roberlan.
Uma terceira reunião está marcada para acontecer nos próximos dias que deverá contar com a participação das várias outras pessoas que já confirmaram que acompanharão o projeto de mudança. O grupo almeja convidar lideranças dos bairros da cidade e também das aldeias indígenas para também disputar à uma vaga na câmara de Tocantinópolis pregando a mudança também na casa de leis.