A Câmara Municipal de Vereadores de Araguaína, norte do estado, sediou nessa segunda-feira, 14, uma audiência pública para discutir meios de combate ao bullying, automutilação e suicídio. O debate foi uma iniciativa da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO), por meio do Núcleo Aplicado das Minorias e Ações Coletivas (Nuamac) de Araguaína.
Segundo o coordenador do Nuamac Araguaína, defensor público Pablo Mendonça Chaer a ideia da audiência pública é colaborar com a construção de políticas públicas no município, para que haja uma prevenção de várias situações que podem ser levadas à Justiça.
Entre as possíveis soluções debatidas para enfrentar essa problemática, Pablo Mendonça cita o aumento do número de policiais militares para a patrulha escolar; a capacitação das pessoas ligadas à educação para que elas estejam aptas a lidar com o bullying, automutilação; e a necessidade de se criar um fluxograma de atendimento na rede de atenção psicossocial. “Porque às vezes os educadores estão um pouco perdidos em relação a quem solicitar, a qual serviço demandar. Foram esquematizadas algumas soluções pontuais a cerca do problema”, acrescentou o defensor público.
Na ocasião, os participantes pediram apoio dos vereadores para que busquem, junto os deputados federais do estado, sensibilizar o Governo Federal para se manter a obrigatoriedade das escolas públicas terem psicólogos e assistentes sociais. “É de tamanha importância que os educadores sejam apenas para educar, porque hoje eles estão fazendo às vezes dos psicólogos e assistentes sociais e estão chegando em casa desgastados com essas situações que, de certa maneira, não estão preparados para lhe dar”, destacou o coordenador do Nuamac.
Na audiência pública, que reuniu educadores, profissionais da área da saúde e a sociedade civil, foram apresentados os altos índices de ocorrências entre estudantes, principalmente nas escolas da rede estadual.