Realizada na manhã desta terça-feira, 22, na Comissão Permanente de Acompanhamento e Estudos de Políticas Públicas para a Juventude, uma audiência pública debateu o direito ao aprendizado profissional e a empregabilidade para jovens e adultos no Tocantins. Requerido e mediado pela deputada Luana Ribeiro (PSDB), o evento contou com as presenças de especialistas que lidam com a inclusão e as formações formal e profissional de adolescentes no Estado.
A parlamentar enfatizou que a audiência pública foi fruto de parceria de seu mandato com o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Estadual, o Tribunal Regional do Trabalho e vários agentes envolvidos na inserção dos jovens no mercado de trabalho e no convívio social.
Luana garante que, no momento, o mais importante não é só colocar os jovens no mercado de trabalho, mas também no mercado de aprendizagem, onde aprendem a profissão com formação de qualidade que irá servir para o resto da vida. “O jovem quer ser empregado, mas merece e quer um bom emprego com boa oportunidade para o seu futuro", indicou.
Superintendente regional do Trabalho, Alexandra Oliveira proferiu palestra sobre aprendizagem, forma de contratação e sobre quem pode contratar o jovem no Estado. Ela demonstrou que existem muitas vagas disponíveis no Tocantins para o público jovem.
Segundo a superintendente, 1.843 empresas podem contratar, numa oferta de mais de três mil vagas; dessas, menos de 50% estão ocupadas. “É importante fomentar a aprendizagem no Tocantins, para que os jovens possam melhorar sua formação, sair da vulnerabilidade social e alcançar uma oportunidade de emprego e renda”, defendeu.
Entre os depoimentos de jovens beneficiados com o primeiro emprego, Lailene Costa contou sobre sua experiência no mercado de trabalho. “Senti-me feliz por ter uma oportunidade de trabalho e, dessa forma, ajudar no sustento da minha família”, destacou. Ela garantiu que, se não tivesse obtido a oportunidade, estaria em estado de vulnerabilidade.
Diretor do Sine Tocantins, José Alberto Guimarães lembrou que o primeiro emprego é sempre difícil por falta da experiência. "Muitos jovens encontram dificuldades de chegar aos locais de formação de mão-de-obra devido à distância e à falta de recursos para pagar pelo transporte. Ele garantiu que o Sine vai oferecer cursos nos bairros para facilitar o acesso às formações".
Entre os presentes à reunião estavam o superintendente da Política da Criança e do Adolescente da Secretaria de Cidadania e Juventude, Gilberto da Costa Silva, a procuradora do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Lydiane Machado e Silva, o representante da Seduc e beneficiários dos programas de formações juvenis.