Fornecendo hospedagem e alimentação para pacientes e acompanhantes de pacientes, a Casa de Apoio Vera Lúcia, a cerca de 200 metros do Hospital Geral de Palmas (HGP) também promove a seus hóspedes ações de serviços de apoio aos internos como orientação psicológica, pedagógica, assistência social e um cronograma diversificado de atividades, como realização de palestras, atividades religiosas, contação de histórias, e minicursos de crochê e bombons artesanais. Muitas dessas ações são promoções de grupos que atuam com voluntariado.
Na noite dessa quinta-feira, 18, o projeto Solidarienarte, que participa com ações voluntárias na Casa há dois anos, promoveu aos hóspedes uma palestra sobre os benefícios previdenciários. A advogada previdenciarista Lísia Daniella falou de modo compreensível sobre os direitos e os benefícios resguardados pela lei, bem como, onde buscar auxílio quando se sentirem prejudicados.
Durante mais de uma hora a advogada esclareceu em linguagem simples o que são os benefícios previdenciários e exemplificou os tipos de aposentadorias. "O assunto está em alta por conta da reforma da previdência, e essas pessoas que aqui se encontram estão passando por problemas de saúde que muitas vezes os limitam ou mesmo impossibilitam de trabalhar. Isso traz medo e insegurança, e o esclarecimento é uma forma de amenizar esse impacto", falou a advogada voluntária.
A idealizadora do Projeto Solidarienarte, Janete Monteiro, falou que embora a Casa de Apoio atenda as necessidades básicas dos hóspedes, a carência emocional também precisa ser trabalhada. "Buscamos, todas as quintas-feiras, trazer um pouco de afeto e carinho a essas pessoas que estão sofridas. São artistas, músicos, atores, pessoas que se sensibilizam e vêm voluntariamente trazer um pouco de conforto e alegria a eles", ressaltou Janete.
Atendendo diariamente entre 60 e 80 pessoas, a Casa de Apoio somente em 2018, recebeu mais de 21 mil hóspedes, vindos dos 139 municípios tocantinenses e de outros estados, como Bahia, Maranhão, Pará, Piauí, Mato Grosso e até do Rio Grande do Sul.
Maria Aidê Alves Carvalho, de 65 anos, que veio da cidade de Redenção no estado do Pará, e já está em tratamento a 1 ano e sete meses, disse que a Casa de Apoio lhe proporcionou uma segunda família, e que as ações voluntárias sempre são bem-vindas. "Hoje eu perguntei tudo que queria saber sobre aposentadoria e benefícios; perguntei por mim e pelos vizinhos que sei que passam por situação parecidas. Agora, quando chegar em casa vou explicar para eles tudo que me esclareceram", afirmou Maria Aidê.
A diretora da Casa de Apoio, Elizângela Sardinha, falou que as ações voluntárias trazem descontração e informação aos hóspedes, e que isso ajuda a dissipar a ansiedade e promover a serenidade.
Ações voluntárias
A Casa de Apoio sempre recebe doações e ações voluntárias de amparo emocional e espiritual para seus hóspedes. Algumas das necessidades constantes dos usuários são roupas, calçados fechados (exigência dos hospitais), itens de higiene pessoal, e alimentação complementar. Os interessados em conhecer a Casa e se tornarem parceiros podem entrar em contato pelo telefone (63) 3218-2465.