Representantes das forças de segurança do Tocantins estiveram reunidos nesta quinta-feira, 25, para apresentar as estatísticas referentes a atuação dos órgãos no segundo trimestre e acumulado de 2019. Os dados correspondem a atendimentos e procedimentos realizados de abril a junho de 2019 pela Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros Militar.
De acordo com o secretário da Segurança Pública, Cristiano Sampaio, os índices relativos aos crimes violentos letais intencionais (CVLI) tiveram aumento nos meses de abril e maio (em relação a homicídios), mas no acumulado do semestre apresentam estabilidade em função da redução verificada no mês de junho. A expectativa é de redução para o próximo semestre. “Temos feito um esforço pra entender o que está acontecendo, ter um diagnóstico claro, e identificar os principais locais onde os índices estão subindo. O que esperamos é que haja uma redução nesse segundo semestre com as ações integradas e conjuntas das forças de segurança e diagnósticos claros. Vamos trabalhar ativamente para reduzir esses números no segundo semestre do ano. Não nos contentamos com a estabilidade, queremos a redução”, destacou o secretário. Ainda de acordo com o gestor, o foco é trabalhar nas regiões que tiveram aumento em alguns índices variados, como Palmas, Araguaína e Porto Nacional, que registraram maiores índices de homicídio.
Cristiano Sampaio ressaltou ainda as ações a serem desenvolvidas para o enfrentamento desse tipo de criminalidade: “O PESSE (Plano de Segurança do Tocantins) trouxe o sistema integrado de metas para padronizar as regiões administrativas de todas as forças de segurança, visando sua atuação conjunta. Temos dados estatísticos de cada região e agora vamos estabelecer uma metodologia para que, a partir desses dados, possamos planejar e intensificar ações integradas no segundo semestre. Forças de segurança pensando juntas, com mais informações, atendem melhor a sociedade com a redução dos índices de criminalidade”.
Polícia Militar
Nos dados consolidados pela Polícia Militar, foi registrada uma redução significativa do número de atendimentos de crimes contra o patrimônio no segundo trimestre. Em relação aos furtos, foi apresentada uma redução total de 22% nos atendimentos (furto de veículos -22%; furto em residência -32%; furto em estabelecimento comercial +2%). Quanto aos roubos, que correspondem a subtrações marcadas pelo uso de violência ou grave ameaça a pessoa, a diminuição foi da ordem de 24% no trimestre (roubo a transeunte – 27%; roubo de veículos -42%; roubo em estabelecimento comercial +4% e roubo em residência -16%). Além disso, houve importante redução no número de mortes decorrentes de intervenção policial militar.
O Comandante-Geral da PM, Jaizon Veras, destacou que várias modalidades criminosas preocupam a PM e fazem com que sejam desencadeadas ações de combates a crimes que exigem maior atenção. “Atribuímos as reduções nos atendimentos de ocorrências criminais pela Polícia Militar, que se refletem também na diminuição das mortes em decorrência de nossas intervenções, ao dinamismo das ações desencadeadas, ampliações das operações e a presença de maior número de policiais militares nas ruas”.
Bombeiros
Em relação aos dados levantados pelo Corpo de Bombeiros Militar – CBM, houve redução no número de incêndios no Estado (-3,6%), passando de 417 no 2º trimestre de 2018 a 402 no mesmo período de 2019, assim como nos acionamentos da Corporação para os casos de busca e salvamento (-13,6%) nos meses de abril, maio e junho de 2019. De outro lado, 33% a mais de análises de projetos foram realizadas no período (de 467, em 2018, para 621 procedimentos em 2019), bem como foi constatado o aumento de vistorias em edificações (+ 5,5%).
Para o comandante-geral do CBM, Reginaldo Leandro da Silva, a integração entre os órgãos de segurança e as ações preventivas foram essenciais para a obtenção desses números positivos. “o trabalho preventivo resulta em redução de ocorrências, a atuação das demais forças de segurança refletem nos atendimentos do Corpo de Bombeiros, quanto mais trabalha a Polícia Militar e a Polícia Civil menos ocorrências teremos registradas”.
Polícia Civil
A delegada-geral de Polícia Civil em exercício, Raimunda Bezerra, destacou que o crime organizado e a disputa de facções criminosas por “território de atuação” são desafios para a Segurança Pública do Estado, tendo em vista que parte significativa dos homicídios registrados é decorrente de crimes que envolvem organizações criminosas, como o tráfico de drogas, citando a importância da Criação da Diretoria de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado – DRACCO como instrumento de fortalecimento do enfrentamento a essas condutas.
Além disso, a representante da Polícia Civil pontuou, em números, o que representaria a efetividades das ações implementadas pelo órgão na repressão ao crime: “Tivemos 13.912 boletins de ocorrência registrados no segundo trimestre de 2018 e quase o dobro de registros em 2019 (27.950). Foram 4.238 inquéritos policiais instaurados nesse período de 2019, enquanto em 2018 tivemos 3.488 procedimentos abertos. [...] Até 25 de julho de 2019, foram apreendidas 415 armas ainda pela Polícia Civil, o que demonstra a eficiência e a efetividade do trabalho realizado por nossos policiais”, frisou a delegada.