Boatos disseminados têm causado pânico na população residente em municípios que fazem fronteira com o Estado do Maranhão.
Com o objetivo de esclarecer e alertar à população de todo o Estado, em especial dos municípios do norte do Estado a respeito de boatos que circulam, sobretudo, pelas redes sociais de que uma quadrilha proveniente do Estado do Maranhão estaria planejando sequestrar crianças em municípios tocantinenses, a Polícia Civil do Tocantins informa que tais relatos são inverídicos e não encontram respaldo na realidade dos fatos.
Além disso, a instituição esclarece também que tais boatos, que têm sido largamente disseminados, principalmente por meio do aplicativo Whattsapp, acabam espalhando pânico, terror e medo na população, uma vez que, até a presente data, a PC-TO não tem conhecimento de qualquer tipo de crime de sequestro envolvendo crianças, em municípios tocantinenses do norte do Estado, sobretudo aqueles que fazem divisa com o Maranhão.
Nesse sentido, a Polícia Civil faz um alerta a todos os cidadãos para que fiquem atentos e não espalhem relatos recebidos por meio de redes sociais de supostas tentativas de seqüestros de crianças em cidades do norte do estado, uma vez que, não há qualquer tipo de comprovação de que tais relatos são reais. Embora, Conselhos Tutelares de alguns municípios tenham expedido recomendação sobre a possibilidade de ocorrência de tais crimes, a Polícia Civil do Tocantins recomenda cautela à população e, que, principalmente, não espalhe notícias falsas no sentido de não alarmar e amedrontar ainda mais pais e responsáveis por crianças e adolescentes.
No entanto, a PC-TO ressalta que, embora não exista nenhuma ocorrência de sequestro nos moldes das notícias que circulam em grupos de aplicativo, é necessário que pais e responsáveis redobrem a atenção e os cuidados com seus filhos, sendo que qualquer fato que desperte suspeitas deve ser levado ao conhecimento da autoridade policial para que sejam iniciadas investigações pela Polícia Civil.
Como forma de melhor orientar e esclarecer a população sobre os fatos, o delegado-chefe da 3ª Divisão de Repressão ao Crime Organizado (3ª DEIC), de Araguaína, Fernando Rizério Jayme, cuja unidade policial também detém atribuições de investigação das tentativas e sequestros em toda a região e de investigações complexas, informa, que as notícias acerca de possíveis ataques a crianças são inverídicas. “Até o presente momento não houve nenhum acionamento ou registro de fatos dessa natureza, apesar de que, desde ontem, quando iniciaram as propagações dessas fake news, iniciamos um monitoramento do assunto na cidade, até para descartar a sua possibilidade”, disse o delegado.
A autoridade policial ressaltou também que a 3ª DEIC atua em regime de sobreaviso noturno, e que, portanto, a equipe de policiais da delegacia está a todo tempo acompanhando fatos criminosos relevantes e possibilidade de suas ocorrências, objetivando gerar tranquilidade social e frustrar ataques de crimes graves e de grande complexidade.
Apesar de não confirmar a ocorrência dos fatos que estão sendo propagados, o delegado Fernando Rizério pondera que pais e responsáveis devem permanecer atentos e vigilantes nos cuidados com as crianças. Ele lembrou também que a divulgação de notícias falsas de crimes com o intuito de amedrontar a população configura crime e como tal pode ser punido, segundo o ordenamento jurídico brasileiro.
“Embora o fato em questão não encontre fulcro na verdade, isso não nos exime do cuidado que sempre devemos ter com nossas crianças, porém, a propagação de notícias falsas, manipuladas e alteradas também configura conduta criminosa e que poderá ser apurada em procedimento policial investigativo, pois o Art. 41 da LCP prevê punição para quem: “Provocar alarma, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto: Pena - prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.”
O delegado frisa que; “Além de orientar a manutenção de sempre termos cautela e cuidado na vigilância de crianças, não há motivos para alarde e preocupação, e, caso venha a ocorrer no futuro, a 3ª DEIC e as demais Delegacias de Polícia Civil do Tocantins estarão atentas para prontamente intervir e resguardar a segurança e a integridade física e psicológica das crianças e de qualquer cidadão que possa a ser vítima de alguma tentativa de crime”, pontuou a autoridade policial.
Por fim, a Polícia Civil do Tocantins recomenda a não divulgação de notícias sem comprovação de procedência para que a mesma não gere pânico entre as pessoas desnecessariamente.
Ademais, qualquer informação ou denúncia sobre o suposto sequestro de crianças podem ser passadas diretamente à DEIC, a qual fica localizada no Complexo de Delegacias Especializadas, na Avenida Marginal Neblina, na cidade de Araguaína ou então diretamente na Delegacia de Polícia Civil mais próxima.
A PC – TO esclarece que está sempre à disposição da população no combate aos crimes graves.