Crime ocorreu no dia 1º de janeiro deste ano após discussão entre o homem e sua mulher.
A Polícia Civil do Estado do Tocantins, por intermédio da 2ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (2ª DHPP) de Araguaína, concluiu nesta sexta-feira, 19, o inquérito policial que investigava as circunstâncias da morte de Elieuda Maria de Assis. Ela foi encontrada baleada em sua própria residência, no setor Palmas, em Araguaína, na noite do dia 1º de janeiro de 2021.
Conduzido pelo delegado-chefe da 2ª DHPP, Guilherme Coutinho Torres, o inquérito, concluído hoje, resultou no indiciamento de um homem de 43 anos de idade, marido da vítima, apontado pela Polícia Civil como autor do crime. Segundo a autoridade policial, no decorrer das investigações, a equipe da 2ª DHPP reuniu elementos suficientes de autoria e materialidade que apontam para o indivíduo como sendo o autor do disparo de arma de fogo que ceifou a vida de Elieuda.
“Logo após tomarmos conhecimento do fato, instauramos inquérito policial para apurar a autoria, bem como a motivação do crime e, restou configurado que o companheiro da vítima, em tese, foi o responsável por efetuar o disparo de arma de fogo que culminou na morte de Elieuda”, disse a autoridade policial.
O crime
De acordo com as investigações da Polícia Civil, na noite do dia 1º de janeiro de 2021, o suposto autor estava em sua residência, juntamente com sua companheira, quando passou a discutir com ela. Após algum tempo, o investigado teria sacado uma arma de fogo e efetuado um disparo que a atingiu no abdômen.
Um dos filhos do casal, um adolescente que estava na residência, no momento dos fatos, ao ouvir o tiro foi até a sala e ainda viu seu pai saindo e carregando a arma de fogo consigo, ao passo em que sua mãe estava ferida. Assim, o jovem chamou o Serviço Médico de Urgência e a mulher foi socorrida e levada para o Hospital Regional de Araguaína, onde passou por cirurgia, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu no dia seguinte.
O suspeito foi localizado e preso no dia 3 de janeiro em um bar, em Araguaína, sendo que na ocasião, ele ainda se encontrava de posse da arma de fogo utilizada no crime. Desde então, o homem encontra-se recolhido à Casa de Prisão Provisória da cidade.
“Com o indiciamento por feminicídio, o homem permanecerá recolhido na CPPA, e, se condenado, a somatória das penas, ele pode pegar até 30 anos de reclusão”, explica o delegado Guilherme Torres. O inquérito foi enviado ao Poder Judiciário, que por sua vez, o remeterá ao Ministério Público Estadual, o qual decidirá se oferecerá denúncia contra o indiciado.