Objetivo do curso foi transmitir e desenvolver conhecimentos e habilidades no campo da antropologia forense e odontologia legal aos servidores da Secretaria de Estado da Saúde que estão cedidos ao IML.
Com o objetivo de transmitir e desenvolver conhecimentos e habilidades no campo da antropologia forense e odontologia legal, a Superintendência da Polícia Científica do Tocantins, por meio do Instituto de Medicina Legal, promoveu nos dias 12 e 13, na Escola Superior de Polícia (Espol) e na sede do IML, em Palmas, um curso de capacitação para os servidores cedidos pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) para prestarem apoio técnico especializado em seções específicas.
A cedência dos servidores ocorreu por meio de um termo de cooperação assinado entre a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-TO) e a SES. Dentre os servidores cedidos estão 14 odontólogos que prestarão serviços em Palmas, Gurupi e Araguaína. A capacitação destinada a eles teve aulas teóricas e práticas.
O conteúdo ministrado na capacitação teve por base a literatura científica e os métodos reconhecidos internacionalmente. Também foram explorados temas como metodologias para estimativa do perfil biológico de remanescentes ósseos (sexo, ancestralidade, idade e estatura); verificação de patologias, traumas ante morte, perimorte e pós-morte; bem como métodos de identificação humana.
De iniciativa da Seção de Antropologia Forense e Odontologia Legal (Safol) do IML de Palmas, o curso foi coordenado pela chefe da Seção, Sandra Souza Mendes, e ministrado pela perita oficial e odontolegista do IML/TO, Georgiana Ferreira Ramos, com apoio da agente de necrotomia, Jane Sant’Ana Martins.
Sobre a importância do curso, a superintendente da Polícia, Científica Dunya Wieczorek Spricigo de Lima, comentou que ultimamente o IML tem recebido muitos corpos em decomposição, necessitando, dessa forma, de estudos mais específicos e complexos. “Após a capacitação, esses profissionais estarão aptos a contribuir no apoio técnico especializado, dando resolutividade a esses casos de identificação humana”, destacou.
O diretor do IML/TO, Luciano Fleury, por sua vez, disse que a iniciativa do curso representa uma das etapas para restruturação dessa seção especializada responsável pela identificação de cadáveres em avançado estado de decomposição, carbonizados e ossadas. Luciano Fleury ressaltou que “estamos estruturando a Seção e o próximo passo é a inauguração do Laboratório de Antropologia Forense e Odontologia Legal em parceria com a Universidade Federal do Tocantins".
Para a perita oficial Georgiana Ramos, esses profissionais da Saúde trazem uma bagagem de conhecimento e experiência que muito contribuirá para os casos de identificação humana. “Essa capacitação permitirá que desenvolvam essa expertise, tendo por base os parâmetros técnicos científicos assimilados durante o curso”, finalizou.