Homem se passou por fisioterapeuta para convencer a vítima a acompanhá-lo até uma sala da clínica.
A Polícia Civil do Estado do Tocantins (PC-TO), por intermédio da 26ª Delegacia de Polícia de Araguaína (DP), concluiu as investigações referentes à prática dos crimes de violação sexual mediante fraude e falsa identidade, que teriam sido praticados por um falso fisioterapeuta naquele município.
Conforme o apurado, a vítima, uma mulher de 25 anos, após passar por um procedimento de curetagem, pois havia perdido o seu bebê, dirigiu-se até uma clínica em Araguaína, para realizar um exame de tireoide, e enquanto aguardava na recepção para realizar o referido exame, fora abordada pelo autor, um homem de iniciais W.P.A., de 39 anos, que se identificou como fisioterapeuta. Na ocasião, ele questionou se a vítima estaria com tensões nos músculos, tendo a vítima respondido que tinha dores nas articulações e, com muita insistência, conseguiu convencê-la a entrar em seu consultório.
Já dentro da sala, o investigado passou a realizar massagem nos ombros da vítima, e, posteriormente, pediu para que a mesma baixasse o seu vestido, pois afirmou que teria que massagear as suas costas também. Até então a vítima afirma que nunca havia passado por referido procedimento e pensou que era normal, até que o autor passou a aprofundar as massagens pegando em suas nádegas e próximo a virilha, tendo o autor afirmado que os seios da vítima eram muito bonitos pedindo para vê-los, sendo negado pela vítima.
Na sequência, o autor se encostou no corpo da vítima e perguntou se ela estava sentindo ele – dando a entender que estaria sentindo o pênis dele ereto encostado no corpo dela –, tendo a vítima afirmado que não.
Em seguida, W.P.A. perguntou se a vítima era casada, tendo ela afirmado que sim, e em seguida perguntou se ela não estaria interessada em algo a mais com ele. Neste momento, a vítima levantou-se da cadeira e afirmou que não queria ter nada com ele e que desejava sair do local. Nesse momento, o autor pediu desculpas e solicitou que a vítima não falasse nada do que tinha ocorrido ali para ninguém.
No entanto, a vítima procurou a Polícia Civil e relatou o caso, que passou a ser investigado, sendo que a equipe da 26ª DP conseguiu apurar todas as circunstâncias do episódio.
O delegado Luís Gonzaga da Silva Neto, titular da 26ª Delegacia de Polícia de Araguaína, concluiu o inquérito policial, sendo o investigado W.P.A. indiciado pela prática, em tese, dos crimes de violação sexual mediante fraude (art. 215, do Código Penal) e falsa identidade (art. 307, do Código Penal). O inquérito foi enviado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, para a adoção das medidas legais cabíveis.