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Naturatins Realiza Palestra Sobre Políticas Públicas de Meio Ambiente com Foco na Fauna

Data do post: 10/09/2019 13:18:37  Imprimir

Naturatins-TO A bióloga e Inspetora de Recursos Naturais do Naturatins (Instituto Natureza do Tocantins), Angélica Beatriz Corrêa Gonçalves, ministrou palestra sobre Políticas Públicas de Meio Ambiente com foco na fauna, na sexta feira, 6, para alunos dos cursos de Enfermagem e Nutrição da Universidade Federal do Tocantins.

O evento foi o primeiro de uma série de palestras que serão realizadas e faz parte do Termo de Cooperação entre o órgão ambiental e a Universidade Federal do Tocantins para implantação do Museu de Morfologia que tem como finalidade gerar uma coleção museológica para exposições internas e que atenda também a comunidade externa, na difusão de conhecimento e proteção da fauna silvestre.

Durante a palestra a bióloga explicou como é trabalhar com a fauna e falou sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, a Lei de crimes ambientais e de proteção da fauna. Angélica Beatriz ressaltou que a responsabilidade do meio ambiente é de todos; independente do curso.

A bióloga falou também sobre a Lei que dividiu a responsabilidade entre o Governo Federal e os Estados para cuidar da fauna. Outro assunto de destaque foi sobre a concessão de licença para os empreendedores que atuam com criação de animais. A bióloga discorreu também sobre as atribuições do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema).

Sobre o Centro de Fauna (Cefau) do Naturatins, a bióloga mostrou através de  slides e fotos  que está localizado em uma área de  7 hectares, sendo 435 m² construída. Ela disse que a entrada de animais no Centro é flutuante e conta hoje com cerca de 130 espécimes.

A professora do curso de Nutrição e Enfermagem da UFT, Tainá de Abreu, destacou a parceria com a Universidade. Segundo ela, irá proporcionar treinamento científico para os estudantes produzirem peças para o Museu de Morfologia. A partir da doação de animais que vem a óbito no Centro de Fauna. “Em breve o Museu será instalado na UFT, o que vai contribuir muito para a formação dos acadêmicos, com reflexos na formação destes profissionais”.

A aluna de Nutrição, Jéssica Sankir, disse que foi muito importante participar da palestra, porque tirou algumas dúvidas no que se refere à legislação que protege a fauna. Segundo a estudante conhecer os animais, as técnicas de manejo ajudam muito na formação profissional.

Para bióloga Angélica Beatriz, a parceria irá aprimorar as pesquisas e permitir que um maior número de pessoas obtenha acesso ao conhecimento sobre a fauna silvestre. “Esta parceria vai enriquecer o conhecimento dos alunos e criará oportunidade de termos mais protetores da nossa fauna”, disse.

Sistema Urubu

A Inspetora de Recursos Naturais explicou para os alunos como funciona o Sistema Urubu, que é a maior rede social de conservação da biodiversidade brasileira. Ela contou que é uma proposta do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE), da Universidade Federal de Lavras, em Minas Gerais, para reunir, sistematizar e disponibilizar informações sobre a mortalidade de fauna silvestre nas rodovias e ferrovias e tem como objetivo auxiliar o governo e as concessionárias, na tomada de decisão para redução destes impactos.

O Sistema Urubu reúne dados das mais variadas fontes como usuários das estradas, pesquisadores, concessionárias, órgãos governamentais, entre outros. O principal diferencial do Sistema Urubu em relação a outros bancos de dados é que 100% dos dados são avaliados por pesquisadores, especialistas em identificação de espécies.

Para os interessados no tema, no período de 15 a 17 de novembro de 2019, será realizado o Dia Nacional de Urubuzar, que será uma grande ação de sensibilização sobre os atropelamentos de fauna nas rodovias. Para participar é necessário se cadastrar no site, formar seu time e aguardar o contato dos organizadores.

A ação visa sensibilizar todos os segmentos da sociedade para este problema e buscar soluções.  De acordo com o Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE), no Brasil, cerca de 20 animais são atropelados a cada segundo.   Aproximadamente um milhão por dia e cerca de 473 milhões por ano. 90% das vítimas são pequenos vertebrados, (sapos, cobras e esquilos), 9% vertebrados de médio porte (aves, tamanduás, felinos) e 1% vertebrados de grande porte (onças, antas e outros).

Fonte: Naturatins-TO

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