Os alunos do Curso de Mergulho Autônomo (Cmaut) estão entrando esta semana na metade das aulas propostas, e o desafio para a turma, a partir de agora, são os mergulhos, propriamente. O trabalho é supervisionado por cinco bombeiros militares, capacitados e credenciados pela empresa certificadora International Dive Rescue Emergency (ERDI Brasil).
As aulas teóricas começaram em 05 de agosto, com 15 alunos. Atualmente, 10 permanecem. Dois deles são dos estados do Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul. Ambos escolheram fazer o curso em Palmas pela referência conquistada pelo Corpo de Bombeiros Militar junto à ERDI Brasil. A formação será concluída em 04 de outubro.
A maioria na turma são bombeiros militares. Contudo, um Policial Militar está no grupo. São 270 horas com aulas teorias e práticas, com as vivências de um mergulhador experiente para as ações de busca e salvamente.
O 2º sargento Rafael Vilarins e Santos está há 10 anos no CBMTO. Como o curso de mergulho já é parte do currículo da formação, ele se inscreveu em mais uma oportunidade para aperfeiçoar as técnicas e ver novidades que o grupo aprovado no concurso em 2009, não viu.
“Eu estava querendo me desenvolver mais na categoria openwater [águas abertas], e isso me chamou para o aperfeiçoamento. Eu já tinha achado legal esse curso no módulo do curso de formação de bombeiros militares e queria me desenvolver mais nessa área. Apesar das dificuldades que estou no curso, vale a pena”, explica Vilarins.
A nova matrícula e o novo desafio têm objetivos definidos para o 2º sargento. “Esse curso me possibilita desenvolver mais na área e ir para ocorrências em que antes eu não poderia estar, por não ter as habilidades”, completou.
Já o 2º tenente Ivan Ávila Teixeira é da cidade de Caiapó – MS. Lotado no 9º Sub Grupamento de Bombeiros Militar (SGBM), o Zero Um, como é chamado na turma, tem sido um dos valentes alunos. “A oportunidade de me especializar numa área que sempre admirei desde que entrei na corporação é que me trouxe a Palmas”, conta.
Na chegada à segunda metade do curso, o 2º tenente Ivan relata que “o início do curso foi extremamente difícil, testando o preparo físico e mental dos candidatos”. “Agora entramos em uma etapa mais técnica, porém, não menos desafiadora”, conta Zero Um, revelando que fora da água está outro desafio: “a distância da família e amigos”.
A responsabilidade pela turma está também sobre os ombros do major Jairon Soares Domingues, que é o instrutor certificado pela ERDI para o curso. Além dos alunos, as aulas ainda formam novos supervisores, que depois estarão à frente das equipes de mergulho, e forma ainda mais um instrutor para formar mais turmas com as especificações de openwater.
“A turma está se desenvolvendo muito bem e espero que melhore a cada dia, e assim termos mergulhadores excelentes”, destaca o major Jairon
Conforme o curso se encaminha para o final, mais dificuldade aparece para testar os limites da turma. “Entramos na fase de mergulho avançado, com águas mais profundas, de 30 a 40 metros, correntezas, visibilidade zero, noturno. Poucos conseguem fazer essas atividades. Essa etapa se diferencia das demais”, pontua o instrutor.