Alta temperatura causa maior esforço dos equipamentos eletrônicos, o que aumenta o consumo.
Manter portas e janelas fechadas em ambientes com ar-condicionado ou não deixar a geladeira aberta por longos períodos são ações simples, mas que podem representar uma boa economia na hora de pagar a conta de luz. E a atenção deve ser reforçada principalmente neste período de clima seco e altas temperaturas no Tocantins. De setembro a novembro, os dias são predominantemente quentes com o céu quase sem nuvens, com temperatura máxima diária acima de 30°. Em agosto, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) chegou a registrar 39,8°C em Palmas. A longa estiagem contribui para a alta temperatura.
E como suportar todo esse calor sem o ar-condicionado ligado por mais tempo? Essa era a dúvida da Joana Bandeira, de Palmas. Ela tem uma lavanderia e o aparelho precisa ficar ligado por mais tempo que em outros períodos, além dos ferros de passar, que ficam em atividade durante o dia inteiro. Ela conta que com o tempo aprendeu a usar de forma mais eficiente os aparelhos. “A gente sempre paga mais caro nesse período, mas agora deixo o ar-condicionado ligado em horários específicos e com a temperatura regulada. Já as roupas opto por passar tudo de uma só vez, sem ficar ligando os ferros toda hora. Isso tem feito uma diferença enorme no final do mês.”
Roger Pereira, engenheiro eletricista da Energisa explica que “é comum o aumento no consumo de energia elétrica neste período. Uma das causas desta variação de consumo é justamente o uso prolongado de aparelhos de refrigeração, como ar-condicionado, geladeiras, freezers e ventiladores. Por isso, para economizar, os clientes precisam ficar atentos ao uso eficiente dos aparelhos elétricos, alterando hábitos de consumo, como a Joana, por exemplo.”
Por conta da dificuldade na geração de energia no país, com previsão de chuvas abaixo da média, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira vermelha durante o mês de setembro, ou seja, haverá acréscimo de R$ 4 a cada quilowatts-hora consumidos. A alternativa é evitar o uso desnecessário da energia elétrica.
Aparelhos de ar condicionado devem estar com a limpeza e manutenção em dia. A sujeira nos filtros faz o equipamento trabalhar mais para gelar o ambiente. E ele é um dos principais vilões da conta de energia, chegando a representar um aumento de até 30% do consumo durante o período mais quente do ano, em comparação ao tempo de chuva. Se for sair por um longo período, desligue o ar com antecedência de uma hora. À noite, o ideal é programar o desligamento automático para algumas horas antes de acordar.
O uso da geladeira também requer atenção. Ela deve ser instalada longe do fogão, afastada da parede e em um lugar que não pegue sol. É importante não colocar alimentos quentes dentro dela, nem panos atrás do refrigerador. Ao utilizar, é preciso ter atenção para deixar a porta aberta por muito tempo, permitindo a saída do ar gelado e a entrada do ar quente.
Trocar as lâmpadas da residência pelas de LED também potencializam a economia, além de possuírem maior vida útil. Sempre que possível, opte pela iluminação natural, deixando as luzes para iluminar os ambientes apenas à noite.
Dúvidas Sobre Consumo de Energia
Pode ocorrer aumento na conta de energia mesmo sem mudanças na rotina ou a aquisição de novos equipamentos?
O valor da conta de luz está diretamente ligado ao consumo de energia elétrica. Neste período seco, o calor fica cada vez mais intenso no Tocantins. É nesta época que os tocantinenses usam mais os ventiladores e o ar condicionado. É também o período em que os aparelhos de refrigeração gastam mais energia para funcionar. Isso ocorre porque os equipamentos se esforçam mais para refrigerar o ar que está mais quente. Para minimizar o impacto na conta de luz é fundamental que o cliente acompanhe o seu consumo junto ao medidor de energia e saiba como usar de forma eficiente os equipamentos elétricos.
O que pode interferir no valor final da conta de luz?
Os hábitos de consumo, a quantidade de dias do faturamento da conta, as instalações internas, os equipamentos novos, o calor intenso, as bandeiras tarifárias e os benefícios a exemplo da tarifa social e da tarifa rural interferem na conta de energia. Conheça cada um deles:
- Hábitos de consumo: são as mudanças na rotina da família, como por exemplo, intensificar o uso de aparelhos de refrigeração ar condicionado, ventiladores, bebedouros, abrir mais a geladeira, recebe visitas, e ainda, a aquisição de novos equipamentos. São mudanças de hábitos que aumentam o consumo de energia e consequentemente, elevam o valor da conta.
- Quantidade de dias de faturamento da conta: outro fator de grande impacto na conta se refere ao número de dias faturados, que pode variar de 27 a 33 dias, a depender da data de leitura do cliente e dias úteis no mês vigente.
- Instalações internas: emendas em excesso ou instalações inadequadas podem gerar sobrecarga e aumentar o consumo, além do perigo. Nesses casos, é importante que um eletricista aça a revisão das instalações internas.
- Compra de equipamento novo: ao comprar um equipamento novo e começar a utilizá-lo haverá aumento no consumo, mas uma forma de minimizar esse gasto é adquirir produtos com o Selo Procel. A economia ao longo do tempo vale a pena!
- Calor intenso: até novembro, o tempo no Tocantins fica muito quente e seco. Mesmo que o cliente não mude nenhum hábito, a geladeira vai trabalhar mais. Aparelhos de ar condicionado, climatizadores e freezers também. Manutenção em dia ajuda muito nesse período, além de buscar reduzir o uso dos equipamentos elétricos, a exemplo do chuveiro elétrico.
- Bandeiras tarifárias: a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) criou as bandeiras Verde, Amarela e Vermelha para sinalizar, mês a mês, ao cliente quando o custo para gerar energia está mais alto. A Bandeira Verde significa condições favoráveis de geração de energia. Não há cobrança extra. Já a Bandeira Amarela indica um sinal de atenção com relação ao período de estiagem, quando os níveis dos reservatórios ficam mais baixos e as termoelétricas são acionadas, aumentando os custos de geração da energia elétrica. A tarifa sofre acréscimo de R$ 1,50 a cada 100 kWh (quilowatt-hora) consumidos. A Bandeira Vermelha é utilizada quando a situação dos reservatórios é crítica e aumenta o uso das usinas termoelétricas. No patamar 1 (situação crítica), o adicional custará R$ 4,00 a cada 100 kWh (quilowatt-hora), e no patamar 2 (situação muito crítica), R$ 6,00 a cada 100 kWh consumidos.
- Tributos e encargos: além do consumo de energia, a conta de energia traz encargos e tributos como: o Imposto sobre Circulação de Mercadorias Serviços (ICMS), pago ao Governo do Estado; o Programa de Integração Social (PIS), a Contribuição sobre Operações Financeiras (COFINS) e a Bandeiras Tarifária, pagos ao Governo Federal e a COSIP – Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública, pagos ao Governo Municipal. Quanto maior o consumo, mais elevado será o valor dos impostos e encargos cobrado.
- Perda de benefícios: Os clientes cadastrados na Tarifa Social de Energia Elétrica e Tarifa Rural devem ficar atentos à atualização do seu cadastro e ainda a faixa de consumo. Mantendo o cadastro atualizado, o cliente evita a perda do benefício. Esses benefícios podem reduzir a conta de 30 a 90% do valor.
Um dos maiores vilões no consumo na época do calor é o ar condicionado. Como descobrir a temperatura ideal para ajustar e como isso pode ajudar a economizar na sua conta sem perder o conforto?
O uso de um ar condicionado contribui para o aumento do consumo de energia em cerca de 30% durante o período mais quente do ano. Mas isso depende dos hábitos de consumo do cliente. Para minimizar esse impacto na conta é preciso adotar alguns cuidados e saber que tudo o que traz calor para o ambiente vai exigir mais do aparelho, que vai consumir mais energia. Por isso, observe a iluminação do ambiente, a insolação do cômodo, sempre optando por instalar o ar-condicionado nos locais naturalmente mais frescos da casa. Além disso, realize a limpeza e a manutenção periódica no aparelho, pois com os filtros sujos, o aparelho tende a se esforçar e a consumir mais energia.
Para gastar menos, evite o uso na temperatura mínima do ar condicionado. O ideal é a partir do 23º grau. É muito mais econômico esperar um tempo maior para que o ambiente seja refrigerado de forma gradativa do que colocar na temperatura mínima, que gasta bem mais. Em alguns casos, os aparelhos possuem a função "modo econômico", que de forma inteligente controlam a temperatura para o uso mais eficiente de energia.
A tarifa de energia no Tocantins está entre as mais caras do país?
A Energisa Tocantins ocupa atualmente a 34ª posição no Ranking de Tarifas da Aneel entre as distribuidoras de energia de todo o País e a 4ª posição entre os Estados da Região Norte. Sendo que nos últimos dez anos, o crescimento da Tarifa de Energia Elétrica no Estado ficou abaixo do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação, e IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado). A tarifa de energia elétrica em todo o País é calculada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Nela estão inclusos encargos e impostos cobrados pelos governos estadual, federal e municipal (iluminação pública).
Desde 4 de julho o tocantinense paga uma tarifa mais barata. É que agora em 2019, pela primeira vez em sete anos, a tarifa de energia reduziu no Tocantins. A redução média foi de 0,33%. O cliente residencial está pagando mais barato cerca de 1,05%.
Para o consumidor de baixa tensão, a redução foi de 0,36%. Para o setor industrial, que abrange os consumidores de alta e média tensão, a diminuição foi de 0,20%.
O consumo de energia é medido conforme o tamanho do imóvel?
Isso é mito. O consumo de energia elétrica é feito por um medidor específico, que registra o consumo do cliente e na data indicada na fatura, o leiturista vai até o local coletar os dados, ou seja, os números registrados no medidor.
Como é feita a leitura do consumo de energia?
No período indicado na fatura, o leiturista vai até a unidade consumidora para registrar o consumo referente ao ciclo. Ao chegar à unidade consumidora, ele verifica os números registrados no medidor para posterior entrega. Periodicamente é feito o monitoramento da qualidade do serviço. Em caso de prédios e condomínios que possuem vários medidores, o leiturista confere os consumos de todas as unidades consumidoras para posterior entrega.
Por que a energia no Tocantins não é mais barata já que tem grandes usinas hidrelétricas que fazem sua geração?
Toda a energia gerada no país é entregue para o Sistema Interligado Nacional (SIN). E são comercializadas em leilão. A Energisa, como todas as demais distribuidoras, compra energia das empresas geradoras por meio de leilões organizados pela Aneel e operacionalizados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Nestes leilões a Energisa não escolhe de quem vai comprar e não pode negociar preço. Hoje, a energia distribuída no Tocantins está mais barata a compra pelo leilão do que o valor pago para gerar no estado.
Quais os itens que compõem a conta de luz?
No Tocantins, a cada R$ 100 da conta de luz, apenas R$ 32,90 fica com a Energisa. É com este valor que a empresa investe e cobre os custos de operação e manutenção, por exemplo. Com relação aos valores que a Energisa apenas arrecada e repassa para os responsáveis:
• 32,8% são encargos setoriais e tributos repassados aos governos estadual e federal (ICMS, PIS/COFINS), podendo ser maior este percentual onde há cobrança de iluminação pública por parte da prefeitura;
• 30,6% cobre os custos da geração de energia (usina);
• 3,7% são da transmissão;
• 32,9% são relativos aos custos da distribuição (Energisa).
A parte que cabe à Energisa é a parcela que a empresa distribui energia a todos os clientes, paga os colaboradores, fornecedores e prestadores de serviço, mantém e amplia a rede e os sistemas elétricos, além de investir na modernização e melhoria crescente da qualidade dos serviços prestados.
Canais:
• Aplicativo para celular Energisa On (disponível para iOS, Android e Windows Phone)
• www.energisa.com.br
• www.facebook.com/energisa
• Agências de atendimento presencial
• Ouvidoria – 0800 646 1196