Centenas de policiais e bombeiros militares, juntamente com os servidores civis, participaram de Mesa Redonda sobre saúde mental, no Auditório no Comando Geral da Polícia Militar, em Palmas. O evento era intitulado Saúde Mental nas Forças Militares Estaduais: Olhares e Possibilidades, e ocorreu na manhã desta quarta-feira, 25.
A iniciativa é uma forma de destacar a importância dos integrantes das corporações estarem atentos a sinais no dia a dia das atividades, que podem levar a estresses ou doenças relacionadas ao psicológico, a exemplo de surtos ou depressão.
"É de extrema importância discutirmos essas questões com nossos policiais, pois estão no dia a dia ligados a situações emocionais, não só deles, mas também de outras pessoas relacionadas com alguma ação do trabalho. Os militares, seja policial ou bombeiro, estão mais suscetíveis a ter a saúde mental abalada", disse o coronel Jaizon, comandante-geral da Polícia Militar do Estado do Tocantins.
Jaizon ainda reforçou a importância de o servidor ir em busca de apoio imediato quando sentir necessidade, ao identificar nele próprio, ou em algum colega, sinais de problemas que acarretem prejuízos à saúde mental.
"Nossa meta aqui é fornecer mecanismo para que nossos integrantes possam identificar e evitar situação em que independa dele, pois muitas vezes, sozinho, ele não consegue resolver. Com isso, nosso corpo técnico profissional está para auxiliá-lo", completou Jaizon.
Diretora de Saúde do Corpo de Bombeiros Militar, a tenente-coronel Juliana Corgozinho pontuou que a mesa redonda de hoje possibilita também a identificação de um problema de saúde mental já existente, bem como abre discussão para o tema e para o enfrentamento do adoecimento em si. "De alguma forma, nesse evento, a pessoa aprende alguma coisa sobre saúde mental e amplia sua informação", disse.
Para a tenente-coronel, "tanto policial quanto bombeiro militar, estão propensos ao adoecimento mental, por causa do stress, estar em alerta constante, condições de trabalho, ter que lidar com morte e isso afeta a pessoa de alguma forma. Nem todos adoecem, mas se tiver alguma pré-disposição, pode desencadear", relatou.
A tenente-coronel ainda chamou a atenção da corporação para o despertamento da colaboração, um observar o outro. "É importante que os colegas identifiquem mudanças de comportamento, como tristeza, aumento do stress, agressividade. Os colegas podem ajudar uns aos outros", afirmou.