Nesta sexta-feira (23), a Polícia Federal deflagrou a operação Máximus, que investiga um suposto esquema de venda de sentenças no judiciário do Tocantins. A ação, autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), visa magistrados e servidores da Justiça envolvidos em atividades ilícitas.
Foram emitidos dois mandados de prisão preventiva e 60 mandados de busca e apreensão, que estão sendo cumpridos em diversos estados, incluindo Tocantins, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal. A operação também determina o sequestro e a indisponibilidade de bens, além do afastamento de cargos públicos dos investigados.
Os mandados foram cumpridos em locais estratégicos, como o Fórum de Palmas e a sede do Tribunal de Justiça do Tocantins, além de vários endereços na capital. Entre os alvos, estão procuradores do Estado, chefes de órgãos públicos e advogados.
O Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO) afirmou que forneceu todas as informações solicitadas pelas autoridades e que segue à disposição para prestar esclarecimentos. O TJ-TO também informou que o expediente nas suas unidades segue normal. O governo do Tocantins, por sua vez, declarou que ainda não teve acesso aos autos e não se manifestará por enquanto.
A operação Máximus, cujo nome faz referência ao personagem do filme Gladiador, que lutou contra a corrupção no Império Romano, investiga crimes como corrupção ativa, exploração de prestígio, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Operação Fames-19: Uma Operação Concomitante
Essa operação ocorre apenas três dias após outra ação da Polícia Federal no Tocantins, a operação Fames-19, que investiga o suposto desvio de recursos públicos por meio da distribuição de cestas básicas durante a pandemia de Covid-19. Entre os alvos dessa operação estão o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, seus dois filhos e a primeira-dama, todos investigados. Eles negam qualquer envolvimento no esquema.
Notas Oficiais
O Tribunal de Justiça do Tocantins e o governo do Estado divulgaram notas oficiais em resposta às ações. O TJ-TO reiterou sua cooperação com a operação Máximus e esclareceu que até o momento não houve afastamento de nenhum de seus membros. Já o governo do Tocantins informou que ainda não teve acesso aos autos e que aguardará para se posicionar.
A operação Máximus representa mais uma tentativa das autoridades de combater a corrupção no Tocantins, reforçando a necessidade de transparência e justiça no sistema judiciário do estado.
Confira abaixo a lista com os nomes dos alvos da operação:
Adwardys De Barros Vinhal -
Alexandre Guimaraes Bezerra -
Almiro De Faria Junior -
Wanderlei Barbosa Castro – Governador do Tocantins -
Angela Issa Haonat – Desembargadora do TJ/TO -
Angela Maria Ribeiro Prudente – Desembargadora do TJ/TO -
Antenor Aguiar Almeida -
Bruno Aquino Monteiro -
Leandro Freire e D’FREIRE Advogados Associados -
Daniel Almeida Vaz -
Eder Ferreira Da Silva -
Eduardo De Oliveira Bucar -
Eleusa Maria Gutemberg -
Eliane Melhen Marques -
Etelvina Maria Sampaio Felipe – Desembargadora do TJ/TO -
Fabio Bezerra De Melo Pereira -
Gerson Silvano De Paiva Filho -
Gustavo Furtado Silbernagel -
Hanoara Martins De Souza Vaz -
Haynner Asevedo Da Silva -
João Rigo Guimarães -
Jocione Da Silva Moura -
José Alexandre Silva -
José Eduardo Sampaio -
José Hermicesar Brilhante Palmeira -
José Humberto Pereira Muniz Filho -
José De Moura Filho -
José Maria Lima -
Juliana Bezerra De Melo Pereira Santana -
Kledson De Moura Lima -
Lucas Antonio Martins De Freitas Lopes -
Luciano Machado Paço -
Marcelo Eliseu Rostirolla -
Marcos Martins Camilo -
Marilia Rafaela Fregonesi Rodrigues -
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Paulo Alexandre Cornélio De Oliveira Brom -
Paulo De Tarso Daher Filho -
Rafael Pereira Parente -
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Raimundo Nonato Sousa Cavalcante Júnior -
Renato Jayme Da Silva -
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