Em uma operação conjunta entre as Polícias Civis do Tocantins e do Maranhão, uma mulher de 40 anos foi presa nesta quarta-feira (28) em Estreito (MA), suspeita de participar de um esquema criminoso que envolvia sequestros e extorsões. O grupo, investigado por sequestrar pessoas e obrigá-las a realizar transferências bancárias, utilizava o dinheiro das vítimas para comprar criptomoedas, que eram posteriormente transferidas para os mentores da quadrilha.
A prisão da suspeita ocorreu em cumprimento a um mandado expedido pelo Poder Judiciário do Tocantins. Durante a operação, também foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em duas cidades do Maranhão. Na terça-feira (27), a polícia já havia prendido o casal suspeito de liderar o grupo.
Segundo informações da Polícia Civil do Tocantins, a mulher presa teria sido recrutada para abrir contas bancárias em nome de terceiros, utilizando documentos falsos fabricados por outro integrante da quadrilha. Uma dessas contas foi aberta em nome de uma vítima de extorsão em Paraíso do Tocantins.
O delegado Antonio Onofre Oliveira da Silva Filho, responsável pelas investigações, informou que o mentor do grupo recrutava moradores de um bairro periférico de Estreito para abrir as contas bancárias. Os valores obtidos através das extorsões eram utilizados para comprar criptomoedas, que eram transferidas e resgatadas pela esposa do mentor.
A operação, batizada de Crypto Fall, também resultou na prisão de um homem de 36 anos, apontado como o líder intelectual da quadrilha, e de sua esposa, que é advogada. Segundo a polícia, o homem estava envolvido em pelo menos três roubos a banco ocorridos entre 2023 e 2024 no Maranhão, e a esposa atuava como suporte jurídico para as atividades criminosas.
Durante as buscas, foram apreendidos um fuzil calibre .762, munições, uma pistola calibre .9mm, explosivos, grande quantidade de dinheiro, uma caminhonete e equipamentos eletrônicos. Todo o material será periciado.
Os suspeitos foram encaminhados para a delegacia de Imperatriz e, posteriormente, serão levados para unidades do Sistema Penal do Maranhão. A operação contou com a participação de policiais civis das Divisões Especializadas de Repressão ao Crime Organizado de Palmas e Paraíso, da Superintendência Estadual de Investigações Criminais do Maranhão (Seic-MA) e do Grupo de Operações Táticas Especiais da Polícia Civil do Tocantins (GOTE).