Uma briga na madrugada deste sábado (23), no bairro Bacuri, em Imperatriz (MA), terminou com a morte do cabo da Polícia Militar do Maranhão, Cláudio Adão Duarte Silva, e envolveu o policial militar do Tocantins, Hugo Deleon da Silva Teixeira, apontado como autor dos disparos. O PM tocantinense, que estava de férias em sua cidade natal, foi preso em flagrante e teve a prisão temporária decretada após audiência de custódia.
Imagens de câmeras de segurança mostram o início da confusão em frente a uma festa. Durante a discussão, Hugo Deleon foi agredido no rosto por ao menos dois homens. Na sequência, ele sacou uma arma e efetuou disparos que atingiram Cláudio Adão. A vítima foi socorrida e passou por cirurgia no Hospital Municipal de Imperatriz, mas não resistiu aos ferimentos.
Hugo foi preso no local do crime e conduzido para a delegacia. Após a audiência de custódia, foi transferido para o 9º Batalhão da Polícia Militar em Araguatins (TO).
A Polícia Militar do Tocantins, em nota, informou que uma equipe da corregedoria da 5ª Companhia Independente de Polícia Militar (5ª CIPM), onde Hugo é lotado, acompanha o caso em Imperatriz. A corporação destacou ainda que colabora com a justiça maranhense e apura os fatos no âmbito administrativo.
A defesa do policial, representada pelo advogado Lucas Santana de Lima Santos, afirmou que respeita a decisão judicial, mas considera a prisão temporária desnecessária. Segundo a defesa, Hugo cumpre os requisitos para responder ao processo em liberdade, não representando risco à ordem pública ou à instrução processual.
Em nota, o advogado destacou que a prisão preventiva só deve ser decretada em casos onde há elementos concretos que justifiquem tal medida, como previsto no Código de Processo Penal. No entanto, o juízo fundamentou a decisão na gravidade do caso e na repercussão social, entendendo que a prisão é necessária para resguardar a ordem pública.
A defesa reafirmou que seguirá argumentando pela liberdade de Hugo, respeitando o devido processo legal.
O caso gerou grande repercussão e está sendo acompanhado pelas autoridades dos estados do Maranhão e Tocantins. Enquanto a investigação prossegue, a sociedade aguarda os desdobramentos para entender todos os detalhes que levaram à tragédia.