Deuselino Valadares é um dois delegados da Polícia Federal que o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, tinha sob suas ordens. O delegado é citado na conversa entre Cachoeira e Gleyber Ferreira Cruz, em que aparece ainda o nome do governador Siqueira Campos (PSDB). Cruz é um dos sócios do bicheiro flagrado na Operação Monte Carlo e que também está preso. Deuselino também foi preso na Operação Monte Carlo.
Conforme o jornal O Estado de S.Paulo, Deuselino, conhecido na organização como "Neguinho", foi cooptado pelo grupo de Cachoeira quando chefiava a Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da Superintendência da Polícia Federal em Goiânia.
Auditores fiscais atestaram enriquecimento do delegado, incompatível com os rendimentos declarados ao Fisco. Em 2011, ano em que foi afastado do cargo, Deuselino e sua mulher, Luanna Bastos Pires Valadares, teriam comprado à vista uma fazenda no município de Juarina, no Tocantins, por mais de R$ 1 milhão.
As investigações mostram que Carlinhos Cachoeira mantinha esquema de contatos políticos e com agentes da área de segurança, para garantir prosperidade aos seus negócios. O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) transitou nos dois grupos. Do esquema do contraventor também fariam parte seis delegados da Polícia Civil e 30 policiais militares.
Encontro
Na conversa com seu sócio Gleyber Ferreira Cruz, gravada pela PF, Cachoeira diz que tem um encontro marcado com o governador Siqueira Campos, e que essa era a hora de tratar dos assuntos envolvendo Deuselino Valadares, que na época era chefe da Polícia Federal de Goiânia.
Siqueira e o suplente de senador Ataídes Oliveira, que teria apresentado o contraventor ao governador do Tocantins, afirmaram em nota que o encontro foi casual num prédio em Goiânia.
(Site CT)