A população de Araguaína assistirá ao desfecho esta semana, do julgamento de um crime que chocou a região, em setembro de 2005, quando - devido a um desentendimento motivado pela retirada de 400 reses de um pasto alugado = Sebastião Luiz de Oliveira, o Mineiro, assassinou pelas costas a criadora de gado, Luciana Spíndola, de 43 anos.
“Ela tinha alugado pasto dele, mas a combinação mudou, e as reses dela começaram a sumir. É tanto que ela resolveu retirar o gado enquanto eles discutiam a mudança de preço na justiça. Só que quando ela foi com o pessoal dela retirar o gado neste embarcadouro próximo da Fazenda Tabapuã, ele descarregou um 38 nela pelas costas. De cinco tiros, dois acertaram e mataram minha mãe”, conta o filho de Luciana, Júlio César, que reside em Brasília.
Dois advogados contratados pelo filho acompanharão o julgamento, são eles Kátia Magaldi e Thiago Machado. Após o assassinato de Luciana, que chocou a cidade de Araguaína, onde ela tinha residência fixa, o Mineiro, como é mais conhecido, teria fugido do flagrante.
“Ele não passou nem um dia preso. Existem testemunhas e ele é réu confesso. Nunca o conheci, mas o que sei é que é um elemento perigoso para a sociedade. Ele tem uma condenação e outra acusação, todas por assassinato”, afirma o filho da vítima. Júlio conta que quando foi resgatar o gado após o assasinato da mãe sõ conseguiu recuperar 336 cabeças.
Um habeas corpus foi concedido a Sebastião, o Mineiro, pelo desembargador Carlos Souza, afastado na Operação Maet de suas funções por suposta prática de comercialização de sentenças.
O júri só tem hora para começar, e não tem previsão de término. A partir das 8 horas da manhã começa a oitiva de testemunhas e apresentação dos argumentos de defesa e acusação.
(Site Roberta Tum)