Segundo informações da PM, o “Vôzinho” do tráfico como o apelidaram, tinha o hábito costumeiro de buscar drogas na cidade vizinha de Porto Franco – MA., para comercialização. Só que na manhã desta sexta-feira (27), a casa literalmente caiu pra ele, já que os policiais o esperavam do lado de cá do rio, onde o abordaram já na Rua das Olerias entrando no Bairro Alto Bonito de bicicleta.
Na abordagem, o senhor Joaquim aparentou um nervosismo e já foi dizendo: “É a bicicleta? Se for eu tenho a nota fiscal aqui comigo, pois comprei e paguei”, e mostrou a nota. O fato chamou a atenção dos policiais, já que não é costume alguém andar por aí com a nota fiscal de uma bicicleta como se fosse o documento de um carro, e o revistaram, encontrando uma pequena porção de maconha. Indagado sobre o destino da droga o “Vôzinho” disse que era para sua sogra. Como já havia denuncias contra ele, os policiais o conduziram para a delegacia para uma revista mais minuciosa, visando não constranger o senhor no meio da rua.
Na delegacia os policiais encontraram mais um pacote de maconha escondido dentro da calça próximo aos órgãos genitais, e mais alguns sacos de plásticos vazios nos bolsos, o que leva a crer que ele tinha a intenção de trazer mais do produto, mas, o fornecedor não tinha o suficiente.
Em conversa com o senhor Joaquim ele nos contou que trabalha de serviço braçal mesmo estando com 73 anos de idade, e que o pacote pequeno de maconha era para a sua sogra dizendo ainda nervoso: “O pacote pequeno era pra minha sogra tomar chá, e o grande era pra mim fumar, porque eu fumo desde novo, nunca gostei de cigarro manso só de maconha”.
O Vôzinho contou ainda que comprava freqüentemente a droga na mão de um homem conhecido como Adão, morador do Bairro São Francisco em Porto Franco-MA. Seu Joaquim contou ainda que havia adquirido aquela quantidade maior de maconha por R$ 20,00 (Vinte Reais) e que a outra mais in natura (verde) havia sido lhe dado pela esposa do fornecedor para entregar a sua sogra.
Sobre os sacos vazios que ele trazia consigo ele contou que foi uma criança que mora com eles que havia colocado no bolso sem ele perceber.
Os policiais militares acreditam que o senhor Joaquim seja apenas um transportador a chamada (mula) na gíria do submundo das drogas, e que o mesmo não quer delatar para quem estava levando o entorpecente.
A droga pesada deu o equivalente a80 gramas, e o velhinho ficou detido na delegacia para ser ouvido onde provavelmente será enquadrado na Lei nº 11.343, Capitulo II, Artigo 33 com pena de reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.