O Sínodo da Igreja Luterana da Saxônia, estado da Alemanha, aprovou em “casos excepcionais” que pastores homossexuais possam dividir a casa pastoral com seus parceiros.
Desde 2001 o parlamento da igreja decidiu que a união entre um homem e uma mulher é o modelo ideal para a vida pastoral e, portanto casais formados por pessoas do mesmo sexo não poderiam ocupar a casa pastoral.
Com a decisão alterada, os pastores que se declararam homossexuais que desejarem ocupar a casa precisarão pedir autorização. A Igreja Luterana tem cerca de 700 pastores e pastoras na Saxônia e destes apenas 15 se declararam homossexuais, mas até o momento nenhum mostrou interesse em morar na casa pastoral.
Outras duas igrejas alemãs já votaram sobre a mesma questão e decidiram autorizar que pastores homossexuais possam morar com seus parceiros, mas todas deixam claro que apenas em “casos excepcionais”, as primeiras foram as Igrejas Evangélicas de Baden e de Württemberg.
A maioria não concorda com as relações homossexuais entre pastores
O assunto é polêmico e divide opiniões, pois muitos pastores não concordam com a relação homoafetiva, muito menos entre sacerdotes. David Keller, estudante de teologia vai além e diz que homossexuais não deveriam exercer o sacerdócio.
Cursando doutorado na Faculdade de Teologia de Leipzig, Keller afirma que tem apoiado um amigo homossexual a viver em celibato. Um pastor de Chemnitz também é contra ao fato de homossexuais assumirem ministérios na igreja.
“A prática da homossexualidade é vista pela Bíblia como uma terrível aberração e um dos piores pecados”, diz ele afirmando que essa opção de vida desperta a ira de Deus.
Mas a grande parte dos opositores evita se manifestar sobre o tema para não usar termos homofóbicos por criticar a decisão da igreja. Assim como Keller eles toleram as relações entre pessoas do mesmo sexo, mas acreditam que essa tolerância tem um limite ético na questão das casas pastorais.
Gospelprime