O líder é Taiwan, nação que oferece melhores condições, enquanto Filipinas é a pior. As informações fazem parte de um relatório da BCG & McKinsey divulgado nesta quinta (3), durante evento anual do Google para a imprensa latino-americana em Santiago (Chile).
Ranking dos aspirantes
1 - Taiwan
2 - Hungria
3 - Turquia
4 - Rússia
5 - Chile
6 - Malásia
7 - África do Sul
8 - Marrocos
9 - Ucrânia
10 - República Tcheca
11 - Polônia
12 - Nigéria
13 - China
14 - México
15 - Egito
16 - Colômbia
17 - Vietnã
18 - Brasil
19 - Paquistão
20 - Índia
21 - Argentina
22 - Venezuela
23 - Filipinas
O índice leva em conta a facilidade dos empreendedores em abrir um negocio no setor, conseguir financiamento e acessibilidade à internet. Quatro países sul-americanos ocupam as dez últimas posições dos piores no ranking dos países chamados de "aspirantes".
De um índice em que 100 seria o ideal e 0 o local mais difícil para um novo empreendimento na web, a Colômbia alcançou 31 pontos; Brasil, 29, Argentina, 21 e Venezuela, 13. Mesmo com histórias de empresas bem-sucedidas nesses países, o relatório aponta que ainda existe dificuldade devido a problemas de infraestrutura, além da falta de atendimento a exigências burocráticas, tanto na abertura do negócio como no pedido de financiamento.
O estudo indica que essa dificuldade apresentada às empresas do ramo -- principalmente pequenas e médias -- em iniciar empreendimentos no ambiente virtual faz com que o Brasil e outros países latino-americanos tropecem ao aproveitar o potencial da internet. Outro problema apontado no país é a falta de regulamentação na área de Telecomunicações.
Fernando Rojas Mejia, coordenador do observatório regional de banda larga da BCG & McKinsey, afirma que a região está ainda muito atrasada em termos de conectividade e qualidade de serviço. "Estamos trabalhando com dez governos da região, em uma tentativa de baixar os custos e melhorar a qualidade da banda larga. Existe um uso ineficiente da banda larga e, fazendo algumas modificações nos pontos de intercâmbio, haveria uma melhora muito significativa", disse.
Mejia refere-se a rotas ineficientes de dados; por vezes o tráfego entre dois países próximos na região tem de passar pelos Estados Unidos.
A pesquisa indica ainda que mais da metade dos usuários de internet no mundo (cerca de 1 bilhão de pessoas) está concentrada em países emergentes. Até 2016, a internet deve movimentar no mundo cerca de US$ 4,2 trilhões. Nos países desenvolvidos, a contribuição da internet para o PIB é de aproximadamente 3,4%; já nos países emergentes, esse número fica em apenas 1,9%. No Brasil, essa contribuição é de 1,4%.
(Uol)