Cachoeira está preso sob suspeita de envolvimento com jogos ilegais e de comandar uma rede de influência envolvendo políticos e administradores públicos e teve a quebra de seus sigilos bancário, telefônico e fiscal, quebrados ontem (2) pela comissão.
“Hoje, já assinei todos os ofícios dando provimento ao que foi aprovado ontem pela CPMI. Amanhã, esse pedido será enviado ao Banco Central. Também já assinei os ofícios pedindo técnicos para acompanharem as análises dos documentos e depoimentos, além das convocações”, disse o senador, que se reuniu hoje, mais cedo, com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, e com o diretor da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra.
“Já informei ao diretor da Polícia Federal que iremos convocar os dois delegados que cuidaram das investigações nas duas operações [Vegas e Monte Carlo, que culminaram na prisão de Cachoeira]”, informou o senador.
O pedido de quebra de sigilo abrange as movimentações bancárias de Cachoeira desde 2002. A previsão anterior era a de que a CPMI analisasse as movimentações do empresário desde 2006, mas o relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), acolheu a sugestão dos demais membros da CPMI e ampliou o prazo. A quebra de sigilo faz parte do plano de trabalho aprovado pelo plenário da CPMI.
Além do pedido de quebra de sigilo, a comissão aprovou o depoimento de Carlinhos Cachoeira para o próximo dia 15 de maio. Também foi aprovada a convocação do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), suspeito de ligações estreitas com o esquema liderado por Cachoeira. O depoimento de Demóstenes ficou agendado para o dia 31 de maio.
(Agência Brasil)