Depois de uma série de equipes anunciarem que abriam mão da vaga na quarta divisão nacional, a CBF mudou de postura e resolveu bancar todas os gastos dos clubes com viagem, estadia e alimentação para os jogos."Muitos clubes não iam, pois não tinham condições financeiras.
Em diversos Estados a vaga na Série D havia se tornado um problema. Em Goiás, por exemplo, Crac e Aparicidense desistiram de disputar o torneio e os demais times da primeira divisão estadual também não estavam dispostos a investir na manutenção de um time para a competição. A expectativa é que a vaga fosse parar com algum time da segunda divisão de Goiás.
Times de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, mercados onde há mais investimento para o futebol, também já haviam comunicado oficialmente suas desistências. Os finalistas de estaduais do Norte do País indicavam que tomariam o mesmo caminho.
Agora, Marin espera que a Série D cumpra sua função no calendário brasileiro. "O Campeonato Brasileiro da Série D vai ter de verdade uma dimensão nacional. Além de levar o esporte preferido do nosso povo aos lugares mais longínquos, dará a oportunidade de se revelar jogadores que antes estavam impossibilitados de serem observados pela imprensa e pelos profissionais das comissões técnicas dos clubes dos grandes centros", comentou o presidente da CBF, lembrando a garantia de que o torneio será televisionado.
Na última assembleia da CBF, as federações pediram que a CBF acabasse com a Série D e voltasse a inchar a terceira divisão. Nesta sexta-feira, Marin mostrou que não pretende seguir o desejo dos estados. "O tamanho e a grandeza do futebol brasileiro permitem perfeitamente que as quatro divisões tenham o mesmo nível de qualidade na organização e atração para o torcedor. É nessa direção e com esse intuito que a CBF vai trabalhar."
(Alô Esporte/Afi)