Até o último dia (24), a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) registrou 849 casos notificados. Para a gerente do Núcleo de Hanseníase da Sesau, Adriana Regina, a redução de casos é uma tendência nacional.
Segundo Adriana Regina, há duas relações para esse declínio. Primeiro, ela explica, caminha-se para o controle da doença. "Mas precisamos ainda trabalhar os municípios silenciosos ou sem nenhum caso. Estamos falando de uma doença crônica que tem uma evolução lenta." Segundo ela, a Sesau orienta, faz reuniões e dialoga com os municípios para que eles possam fazer mobilização, panfletagem e educação em saúde, principalmente nas escolas. "A idéia é orientar e falar sobre a hanseníase. Orientar que ela ainda existe e eliminar esse preconceito. As pessoas têm informações erradas de que a hanseníase é uma doença que cai braço, perna. Na verdade, é uma doença na pele que afeta os nervos e pode causar atrofia."
TRANSMISSÃO
A gerente do Núcleo de Hanseníase explicou que é preciso haver diagnóstico precoce, acrescentando que profissionais de saúde também devem estar atentos se há algum paciente com hanseníase.
Ela explicou que a transmissão se dá pelas vias respiratórias. "Os pacientes que estão com a hanseníase tipo multibacilar tem uma carga de bacilos tão forte que quando fala e tosse elimina essas bactérias", detalhou Adriana Regina, ressaltando que para ser contaminado pela doença é preciso um contato prolongado com a pessoa doente e que ainda não iniciou o tratamento, já que contatos esporádicos não provocam risco. O tratamento pode ser de seis meses a um ano, dependendo da forma como tiver a doença.
Fonte: Isabelle Bento/JT